segunda-feira, 30 de maio de 2011

ACASALAMENTO ( wikcionario wik dicionario wiki acasalar etimologia )

O mundo é um paul /
que me causa repulsa /
Mefítico tremedal /
é o mundo social /
( O mundo social /
é tecido de mulher /
pois o homem olha a caça /
olha ao longe /
alonga o olhar nas campinas /
atrás do galo-de-campina /
para alimentar-se /
e dar sustento à família /
A mulher desce o olhar à prole /
e com isso tece a veste social /
- é a religião e o amor /
é Vênus e Flora ou Ceres /
enquanto o homem é a guerra /
é Marte e o caçador /
o sátiro o fauno e o centauro /
buscando a conquista /
de terras e fêmeas /
e vida pela proliferação genética /
semeando-se no campo natural ) /

A natureza é um paul /
onde vivo de desesperança /
neste tremedal /
volutabro atascadeiro /
que tudo isso é vocabulário para paul /
que em inglês é nome "Beatles" /
do Paul dos " The Beatles" /
"Paul-Beatles" /
os besouros zunindo /
que passaram pela chuva /
que é um tempo do tempo /
porquanto o tempo tem muitos tempos /
ou muitas manifestações de tempo /
no temporal e no temporão /
na intempérie e no que é extemporâneo /
ou coevo longevo /
no voejo do escaravelho /
até o olho do velho /
que não é mais velho que o tempo /
esse ancião inexistente nos dias /
mas inventado pelo homem /
na matéria do ser /
ou no tratado de ontologia /
que diz o que é posto pelo homem /
enquanto ser que põe outro ser /
- ser inventado /
( Salvador Dali inventou um barco /
que apresta no mastro /
o centauro tecnológico /
que é o homem /
antigo centauro mitológico /
cuja invenção do barco a vela /
uniu-se-lhe ao corpo material e mental /
a ponto e transformá-lo /
junto e jungido à sua invenção do brigue /
num centauro da tecnologia /
que isso é o ser do homem coevo ) /

Todavia há um paul /
que rumoreja dentro de ti /
que me desperta a nota si /
que toca de amor cristão em mim /
e de paixão pagã por um objeto /
que há em ti /
e na doutrina transcendental de Kant /
que diz do Narciso /
que e o sujeito o objecto /
um lançando o outro na água /
onde se mira /
e de onde se olha /
da água e do olho /
se olha e vê Narciso /
a flor do paul /
do paul que há em mim e ti /
( todos temos um lameiro dentro /
um marnel charco /
- um atoleiro /
todos temos ) /

Leda é a madrugada /
para Camões e Cia de Camões /
e Leda também é nome de mulher /
fora da madrugada e seus galos /
chuvisco de orvalho /
Contudo para mim a madrugada /
é apenas a espectativa de solidão com lua /
Joan Miró e mulher escura na escuridão alargada /
embuçada nas trevas do paul /
- trevas filarmônicas /
para dizer algo louco /
ou algo com harmonia /
na madrugada em pedra de gelo /
ou na voz do galo cantor /
com todo o seu candor /
no canto cândido /
de candidez de novilúnio /
lento novilúnio em noite clara /
- clara-de-novilúnio /
derramada no cântaro /
em luz da abelha do sol /
tecendo o mel do girassol /

Você é a mulher /
que Miró mirou nas sombras /
daquela noite /
que ronda todas as noites /
- é a mulher que entalhei /
na madeira do idílio /
que conteve minha arte /
de um Rodin inspirado /
que tentei e talhei ser de madeira /
- no amor que inspirava Rodin /
um artista cuja arte é sensual /
tal qual tudo o que é silvestre /
e se enrosca nas serpentes /
a escrever seu corpo sinuoso no solo /
- chão para o que para a erva é lídimo /
e onde se escreve sua lei herbácea /
sem necessidade de estela /
cujas escrituras são em estela /
próprias para por em pedra a história do fóssil /

Se ao menos você existisse! /
se você existisse para além da essência /
na intersecção entre eu e o mundo geométrico /
Ah! se você existisse /
mensurada pela geodésia! /
e não apenas existindo /
sem existir para mim /
na intersecção parabolar /
das parábolas de Descartes /
coordenados os segmentos em curva no espaço /
- puro espaço "a priori" /
impresso na doutrina da metafísica transcendental /
que me põe a olha o mundo lá foca com Kant /
e nele nada ver senão objetos /
que são o lançamento do meu ego ou sujeito no mundo /
( o mundo assim /
é um olhar para nada /
que não seja eu mesmo /
objeto e sujeito /
transcendendo a mim /
no objecto espelhado /
ou especulado na face do Narciso /
que dá a filosofia idealista de Kant /
- a outra face dada para se bater ) /

Amo você /
e o quero-quero que és /
eu quero-quero demais amar /
e o quero-quero que tens...! /
- amo você dentro do mito /
do amor inexistente /
porque meu amor por você não existe /
nem mesmo você existe /
porque não está fora de mim /
postada lá fora /
livre de mim no mundo /
das coisas que vemos e transformamos em objectos /
para poder captá-las em intuição e conceito /
Na realidade minha interna amiga /
amada bem-amada /
você está dentro de mim /
encrustrada gema no anel /
que verga meu corpo anatômico e fisiológico /
minha alma anatômica e fisiológica /
meu paul interior /
que se apaúla com garça /
muita garça branca /
brandindo ou reverberando a luz branca do sol /
que é uma casa caiada/
lá longe no morro /
no horizonte que se desenha no fim do olhar /
desdenhando do olhar /

Amo-a saracura de paul /
Ah! saracura-de-paul! /
oh! saracura-de-paul! /
garça de paul /
tartaranhão-de-paul /
tartaranhão-de-paul-fêmea /
seriema do cerrado /
pomba cinzenta do brejo velho /
amo-a o quero-quero que te quero /
com o querer de quero-quero /
a fazer bailar o ar com o seu trinado constanta /
trinado gritado /
quase em eco /
em eco-eco de teco-teco ou teque-teque téu-téu /
Amo-a desde o ovo da cegonha /
sem vergonh de võo mítico /
ou da maria-sem-vergonha /
que deita e rola no sexo verde /
cujo olor também é verde /
de violinista verde /
de verde pampa /
ou prado de Adélia Prado /
poetisa do brejo /
poeta-de-paul /
do paul da pernalta /
ave pernalta /
ave, nauta! /
argonauta /
- o amor está no sangue /
a paixão queima no líquido vermelho /
no reino dos eritrócidos /
no soprar da hemoglobina /
que sopra da corneta um anjo cálido /
um serafim de puro fogo /
a queimar e purificar o sangue /
que é um vampiro /
- o sangue é o próprio vampiro /
na busca de outro sangue /

Amo você que nem existe neste amor /
nesta paixão que sinto /
sem objeto externo /
ou cujo objeto externo /
é o objeto interno /
desenvolvido no idílio /
e da necessidade premente /
de crer que existe /
o que somente está cá dentro de mim /
no ovo hermético /
( Você não tem existência /
nem tampouco existencialismo algum /
é mera essência interna /
que meus sentidos internos e externos /
constituem como ser /
em dulcíssima ontologia de poeta /
que canta o grito na garganta /
onde amanhece uma andorinha /
em solitude parda ou cinza ) /

Amo-a trocando o verbo de pessoa ordinal /
pondo-o na pessoa do tu /
e do tuiuiui volante no paul /
Sinto saudades do tempo /
( do tempo e não de ti!) /
em que eu te amava /
porque já não creio mais no amor que cria /
quando não era ateu de amor cristão /
no latim do padre de tempos de antanho /
e de Santo Antão e Santo Antônio /
Naquele tempo eu te amava em Alice /
no país das Maravilhas /
naquele símbolo /
naquela alegoria /
naquela fábula /
amei-te muito /
e tenho saudade daquela felicidade /
que o amor solitário me fazia experenciar /
quando eu era o Chapeleiro maluca /
e tu eras a lebre maluca /
ou a própria Alice /
buscando meu amor ateu /
Hoje sem esse amor fabuloso /
sinto-me infeliz e triste /
e o tempo me parece um tempo perdido /
como uma fumaça de cigarro /
não procurando nada /
ou um resquício de cerveja /
no copo e na garrafa abandonado /
por um ébrio que foi feliz /
enquanto era eu naquela mesa /
frente a lua /
que Miró não soubera desenar no céu noturno /
falciforme e negra /
como a mão da morte /
que passeia no verdugo invisível /
a rondar gargantas /
e cabeças a cortar /
no dizer da rainha vermelha /
( a cabeça decepada /
foi a cabeça do meu amor por ti /
uma paixão que se esfunou na brisa torta /
que passou por aqui fumando /
na lagarta que fuma naquele País de Alice /
- no País onde foi Alice /
sonhando que era um País das maravilhas /
antigo pensar adolescente /
a olhar o mundo detrás de olhos felizes /
corpo feliz /
sem doença ou dor /
que o arraste á melancolia /
ou a grande depressão ) /

Você é meu idílio /
mero idílio /
pobre idílio /
cônscio idílio /
idílica amada /
morta amada /
pela legião de forças das bem-amadas em exército /
em sintaxe de guerra /
em legião romana /
Você era idílica na espessura do idílio /
ao longe desenhado na geometria do horizonte /
pesado na gravidade de Newton /
no grave som do violoncelo /
tocando a corda de solidão do músico /
o obscuro músico /
dedilhando senos nas cordas do violoncelo tristonho /
lembrando da alegria de um Mozart vivo /

Você era minha utopia no lugar da utopia /
que se estende por todo a toponímia da cidade /
- Utopia de Morus a Marx /
( utopia é lugar nenhum /
e simultaneamente todo lugar /
pois em todo lugar se constroi uma utopia /
para o sujeito sobreviver /
em contato com o objeto do idealista /
em filosofia transcendental de Kant /
ou nos aximas e corolários de Spinoza ) /

Você é meu sonho desde o berço /
desde antes do pequenino que fui /
do pequerucho amado /
que corria a sorrir feliz /
dando gargalhadas de alegria pura /
na felicidade do estagirita /
confiante na vida /
na vida de menino /
e no destino desconhecido /
ou sequer suspeitado /
aonde cheguei /
e onde ninguém me espera /
onde você não me espera /
no mundo empírico /
( Nunca imaginei que estaria tão só /
com a flor do idílio à mão /
e versos pífios /
que nem sequer têm objeto /
para dizer adeus /
nem deus nenhum /
- nem tampouco o deus do pagão /
do cristão e do ateu /
que tem lá o seu deus /
mais ateu que o próprio ateu ) /

Em mitologia filosófica e poética /
o amor vai fluindo /
rio em todas as coisas /
passando por dentro /
tendo leito por fora /
e por baixo da terra /
nos subterrânios lençóis freáticos /
aquíferos extensos /
outrossim carregando as nuvens plúmbeas /
à maneira das penas na pomba /
arroios que molham arroz /
e entram e saem do corpo humano /
ou secam ali no leito de morte /
de um riacho abandonado à própria sorte /
sob o sol do deserto /
com os pés nus na areia tórrida /

Amo você pelo seu carácter /
no rito mental da alegoria /
no símbolo do amor /
mas não na realidade /
algo cru nas crucíferas /
- cru na cruz romana quotidiana /

Amo seu ser posto no mundo /
com a coragem de quem põe o que pensa no mundo /
e realiza uma existência /
que a maioria pusilâmine nem sonha tentar /
por em sombra sob umbela ao sol /
que ama brincar em suas tranças /
que descem na corda amarela /
trançada na estória de Rapunzel /
( imaginada no menino em eterno retorno que sou sempre ) /
e na história da tereza /
dos pequenos bandidos presos pelos grandes criminosos /
donos do Código Penal e do processo /
que é a chave da cadeia /
procedimento sumário para pobres meliantes desprotegidos /
( ou a clave do tartaranhão-ruivo-dos-pauis ?! ) /

Olho você conversando com outros /
que nem são seres /
são fetos de seres /
abortos postos no mundo /
enquanto você é uma das Ilhas Aleutas /
um arquipélago para pouso das procelárias /
aves em debandada do meu oceano nada pacífico /

Vejo-a única em beleza /
solitária em sua beleza pura /
- única beleza de ilha no Pacífico /
entre os demais ( que são demais!) /
navegando em solitude pelo Estreito de Magalhães /
pois por mais belos e belas /
que os demais sub-seres possam parecer /
são criaturas feias perto de sua capela radiante /
sua cabeça sob capuz louro /
sua boca a dizer palavras /
sem o amargor ou a ironia cáustica /
dos filósofos que sofrem de cinismo /
- do cinismo que vence as bestas /
as cavalgaduras quixotescas ou apocalípticas no mundo /
nos seus reinos de mendacidade /
porquanto sendo símios /
somente podem servir à política dos chimpanzés /
pois não para aptos para a sabedoria dos poetas invasores de sistemas
vegetais /
e dos sábios amantes da vida e da liberdade /
andarilhos monges livres /
das masmorras construídas com Direitos Humanos /
e outras doutrinas religiosas para orangotangos /
dançando seus tangos /

Desejo muito você /
deseja-a intensamente /
com a intensidade densa do magma do vulcão /
da Ilha de Santorini /
( Seu corpo para mim /
não é uma península anatômica e fisiológica somente /
é um tsunami na língua austronésia tagalo ) /

Sexualmente a quero muito /
e muito mais que quero o quero-quero /
quero-te quero-te-quero /
quero-quero e outro quero-quero /
no acasalamento do quero-quero /
na alma cavada pela paixão /

Todavia não posso te propor /
nada que não seja digno de ti /
nem de mim /

A terra molhada em paul /
é terra em ti /
na flor que quero que seja um miosótis /
que azul é seu amor e verde também /
na melodia plantada em violinos /
um Stradivárius e um Amati /
tocados pelo violinista azul /
e o outro verde violinista em erva /

Mas você apaúla?! /
ou a terra por baixo do ventre das heras /
não tem nada de palustre /
não guarda o lago /
com o arcanjo nadando por baixo do peixe /
a lagoa onde a garça branca /
anda na alvura da barra da alva /
silente no seu passo de bailarina de Degas /
num salto de flor de laranjeira aromática /
que pára-queda no beija-flor /
quedo o vôo /
sobre o único momento /
que o coração do tempo parou /
no ar das abelhas rajadas no amarelo dos seus cabelos /

A vizinha da loucura /
avezinha da loucura /
é minha alma /
alma minha /
alma de gato /
almá-de-gato /
de sete vidas /
- sete almas /
os sete demõnios em Maria de Magdala /
se houve tal Maria /
se houve tal Magdalla /
caminho da rota mercantil /
com o vil til /
do lado que sopra o anjo no vento /
barlavento ou sotavento /
da ilha que invento viver /
no vegetal do coqueiro /
na respiração da palmeira /
na casa do marimbondo /
naquele vespeiro /
dependurado na palma verdejante /
que a palmeira estende /
para assinalar um adeus /
totalmente ateu /
nada hebreu no nado nato do arameu /
nata de Deus /
maranata /

Amo você /
e e é triste perder um amor /
uma paixão alucinante /
mas a vida é triste /
e um amor se perde /
depois ou antes que se ganhe /
pois temos a morte emtudo /
girando o motor /
e estagnando a água no rio de dentro do corpo /
uma paixão é também uma elegia /
não é somente uma ode ao amor /

Amo você amazona /
-amazona montada sobre um cavalo do apoclipse /
embuçada em manto escarlate /
sobre o cavalo vermelho /
pois você é o cavaleiro vermelho /
massomente eu sei /
que o cavaleiro vermelho /
não é nenhum cavaleiro carmim /
mas uma amazona sim /
carmesim amazona do apocalipse /
na qual desejo deixarum rastro de mim /
um rastro de homem /
que vai buscar o menino /
dentro da mulher amada /

(Depois de ler este poema /
olhe dentro dos meus olhos /
para eu ver se posso ler /
este poema escrito lá dentro /
no ermo da alma /
no longo rasto de luz dos olhos /
que desenha almas aladas ) /

TREMEDAL ( wikcionario wik dicionario wiki tremedal etimologia otto)

O mundo é um paul /
que me causa repulsa /
Mefítico tremedal /
é o mundo social /
( O mundo social /
é tecido de mulher /
pois o homem olha a caça /
olha ao longe /
alonga o olhar nas campinas /
atrás do galo-de-campina /
para alimentar-se /
e dar sustento à família /
A mulher desce o olhar à prole /
e com isso tece a veste social /
- é a religião e o amor /
é Vênus e Flora ou Ceres /
enquanto o homem é a guerra /
é Marte e o caçador /
o sátiro o fauno e o centauro /
busando a conquista /
de terras e fêmeas /
e vida pela proliferação genética /
semeando-se no campo natural ) /

A natureza é um paul /
onde vivo de desesperança /
neste tremedal /
volutabro atascadeiro /
que tudo isso é vocabulário para paul /
que em inglês é nome "Beatles" /
do Paul dos " The Beatles" /
"Paul-Beatles" /
os besouros zunindo /
que passaram pela chuva /
que é um tempo do tempo /
porquanto o tempo tem muitos tempos /
ou muitas manifestações de tempo /
no temporal e no temporão /
na intempérie e no que é extemporâneo /
ou coevo longevo /
no voejo do escaravelho /
até o olho do velho /
que não é mais velho que o tempo /
esse ancião inexistente nos dias /
mas inventado pelo homem /
na matéria do ser /
ou no tratado de ontologia /
que diz o que é posto pelo homem /
enquanto ser que põe outro ser /
- ser inventado /
( Salvador Dali inventou um barco /
que apresta no mastro /
o centauro tecnológico /
que é o homem /
antigo centauro mitológico /
cuja invenção do barco a vela /
uniu-se-lhe ao corpo material e mental /
a ponto e transformá-lo /
junto e jungido à sua invenção do brigue /
num centauro da tecnologia /
que isso é o ser do homem coevo ) /

Todavia há um paul /
que rumoreja dentro de ti /
que me desperta a nota si /
que toca de amor cristão em mim /
e de paixão pagã por um objeto /
que há em ti /
e na doutrina transcendental de Kant /
que diz do Narciso /
que e o sujeito o objeto /
um lançando o outro na água /
onde se mira /
e de onde se olha /
da água e do olho /
se olha e vê Narciso /
a flor do paul /
do paul que há em mim e ti /
( todos temos um lameiro dentro /
um marnel charco /
- um atoleiro /
todos temos ) /

Leda é a madrugada /
para Camões e Cia de Camões /
e Leda também é nome de mulher /
fora da madrugada eseus galos /
chuvisco de orvalho /
Contudo para mim a madrugada /
é apenas a espectativa de solidão com lua /
Joan Miró e mulher escura na escuridão alargada /
embuçada nas trevas do paul /
- trevas filarmônicas /
para dizer algo louco /
ou algo com harmonia /
na madrugada em pedra de gelo /
ou na voz do galo cantor /
com todo o seu candor /
no canto cândido /
de candidez de novilúnio /
lento novilúnio em noite clara /
- clara-de-novilúnio /
derramada no cântaro /
em luz da abelha do sol /
tecendo o mel do girassol /

Você é a mulher /
que Miró mirou nas sombras /
daquela noite /
que ronda todas as noites /
- é a mulher que entalhei /
na madeira do idílio /
que conteve minha arte /
de um Rodin inspirado /
que tentei e talhei ser de madeira /
- no amor que inspirava Rodin /
um artista cuja arte é sensual /
tal qual tudo o que é silvestre /
e se enrosca nas serpentes /
a escrever seu corpo sinuoso no solo /
- chão para o que para a erva é lídimo /
e onde se escreve sua lei herbácea /
sem necessidade de estela /
cujas escrituras são em estela /
próprias para por em pedra a história do fóssil /

Se ao menos você existisse! /
se você existisse para além da essência /
na intersecção entre eu e o mundo geométrico /
Ah! se você existisse /
mensurada pela geodésia! /
e não apenas existindo /
sem existir para mim /
na intersecção parabolar /
das parábolas de Descartes /
coordenados os segmentos em curva no espaço /
- puro espaço "a priori" /
impresso na doutrina da metafísica transcendental /
que me põe a olha o mundo lá foca com Kant /
e nele nada ver senão objetos /
que são o lançamento do meu ego ou sujeito no mundo /
( o mundo assim /
é um olhar para nada /
que não seja eu mesmo /
objeto e sujeito /
transcendendo a mim /
no objeto espelhado /
ou especulado na face do Narciso /
que dá a filosofia idealista de Kant /
- a outra face dada para se bater ) /

Amo você /
e o quero-quero que és /
eu quero-quero demais amar /
e o quero-quero que tens...! /
- amo você dentro do mito /
do amor inexistente /
porque meu amor por você não existe /
nem mesmo você existe /
porque não está fora de mim /
postada lá fora /
livre de mim no mundo /
das coisas que vemos e transformamos em objetos /
para poder captá-las em intuição e conceito /
Na realidade minha interna amiga /
amada bem-amada /
você está dentro de mim /
escrustrada gema no anel /
que verga meu corpo anatômico e fisiológico /
minha alma anatômica e fisiológica /
meu paul interior /
que se apaúla com garça /
muita garça branca /
brandindo ou reverberando a luz branca do sol /
que é uma casa caida /
lá longe no morro /
no horizonte que se desenha no fim do olhar /
desdenhando do olhar /

Amo-a saracura de paul /
Ah! saracura-de-paul! /
oh! saracura-de-paul! /
garça de paul /
tartaranhão-de-paul /
tartaranhão-de-paul-fêmea /
seriema do cerrado /
pomba cinzenta do brejo velho /
amo-a o quero-quero que te quero /
com o querer de quero-quero /
a fazer bailar o ar com o seu trinado constanta /
trinado gritado /
quase em eco /
em eco-eco de teco-teco ou teque-teque téu-téu /
Amo-a desde o ovo da cegonha /
sem vergonh de võo mítico /
ou da maria-sem-vergonha /
que deita e rola no sexo verde /
cujo olor também é verde /
de violinista verde /
de verde pampa /
ou prado de Adélia Prado /
poetisa do brejo /
poeta-de-paul /
do paul da pernalta /
ave pernalta /
ave, nauta! /
argonauta /
- o amor está no sangue /
a paixão queima no líquido vermelho /
no reino dos eritrócidos /
no soprar da hemoglobina /
que sopra da corneta um anjo cálido /
um serafim de puro fogo /
a queimar e purificar o sangue /
que é um vampiro /
- o sangueé o próprio vampiro /
na busca de outro sangue /

Amo você que nem existe neste amor /
nesta paixão que sinto /
sem objeto externo /
ou cujo objeto externo /
é o objeto interno /
desenvolvido no idílio /
e da necessidade premente /
de crer que existe /
o que somente está cá dentro de mim /
no ovo hermético /
( Você não tem existência /
nem tampouco existencialismo algum /
é mera essência interna /
que meus sentidos internos e externos /
constituem como ser /
em dulcíssima ontologia de poeta /
que canta o grito na garganta /
onde amanhece uma andorinha /
em solitude parda ou cinza ) /

Amo-a trocando o verbo de pessoa ordinal /
pondo-o na pessoa do tu /
e do tuiuiui volante no paul /
Sinto saudades do tempo /
( do tempo e não de ti!) /
em que eu te amava /
porque já não creio mais no amor que cria /
quando não era ateu de amor cristão /
no latim do padre de tempos de antanho /
e de Santo Antão e Santo Antônio /
Naquele tempo eu te amava em Alice /
no país das Maravilhas /
naquele símbolo /
naquela alegoria /
naquela fábula /
amei-te muito /
e tenho saudade daquela felicidade /
que o amor solitário me fazia experenciar /
quando eu era o Chapeleiro maluca /
e tu eras a lebre maluca /
ou a própria Alice /
buscando meu amor ateu /
Hoje sem esse amor fabuloso /
sinto-me infeliz e triste /
e o tempo me parece um tempo perdido /
como uma fumaça de cigarro /
não procurando nada /
ou um resquício de cerveja /
no copo e na garrafa abandonado /
por um ébrio que foi feliz /
enquanto era eu naquela mesa /
frente a lua /
que Miró não soubera desenar no céu noturno /
falciforme e negra /
como a mão da morte /
que passeia no verdugo invisível /
a rondar gargantas /
e cabeças a cortar /
no dizer da rainha veremelha /
( a cabeça decepada /
foi a cabeça do meu amor por ti /
uma paixão que se esfunou na brisa torta /
que passou pr aqui fumando /
na lagarta que fuma naquele País de Alice /
- no País onde foi Alice /
sonhando que era um País das maravilhas /
antigo pensar adolescente /
a olhar o mundo detrás de olhos felizes /
corpo feliz /
sem doença ou dor /
que o arraste á melancolia /
ou a grande depressão ) /

Você é meu idílio /
mero idílio /
pobre idílio /
cõnscio idílio /
idílica amada /
morta amada /
pela legião de forças das bem-amadas em exército /
em sintaxe de guerra /
em legião romana /
Você era idílica na espessura do idílio /
ao longe desenhado na geometria do horizonte /
pesado na gravidade de Newton /
no grave som do violoncelo /
tocando a corda de solidão do músico /
o obscuro músico /
dedilhando senos nas cordas do violoncelo tristonho /
lembrando da alegria de um Mozart vivo /

Você era minha utopia no lugar da utopia /
que se estende por todo a toponímia da cidade /
- Utopia de Morus a Marx /
( utopia é lugar nenhum /
e simultaneamente todo lugar /
pois em todo lugar se constroi uma utopia /
para o sujeito sobreviver /
em contato com o objeto do idealista /
em filosofia transcendental de Kant /
ou nos aximas e corolários de Spinoza ) /

Você é meu sonho desde o berço /
desde antes do pequenino que fui /
do pequerucho amado /
que corria a sorrir feliz /
dando gargalhadas de alegria pura /
na felicidade do estagirita /
confiante na vida /
na vida de menino /
e no destino desconhecido /
ou sequer suspeitado /
aonde cheguei /
e onde ninguém me espera /
onde você não me espera /
no mundo empírico /
( Nunca imaginei que estaria tão só /
com a flor do idílio à mão /
e versos pífios /
que nem sequer têm objeto /
para dizer adeus /
nem deus nenhum /
- nem tampouco o deus do pagão /
do cristão e do ateu /
que tem lá o seu deus /
mais ateu que o próprio ateu ) /

Em mitologia filosófica e poética /
o amor vai fluindo /
rio em todas as coisas /
passando por dentro /
tendo leito por fora /
e por baixo da terra /
nos subterrânios lençóis freáticos /
aquíferos extensos /
outrossim carregando as nuvens plúmbeas /
à maneira das penas na pomba /
arroios que molham arroz /
e entram e saem do corpo humano /
ou secam ali no leito de morte /
de um riacho abandonado à própria sorte /
sob o sol do deserto /
com os pés nus na areia tórrida /

Amo você pelo seu carácter /
no rito mental da alegoria /
no símbolo do amor /
mas não na realidade /
algo cru nas crucíferas /
- cru na cruz romana quotidiana /

Amo seu ser posto no mundo /
com a coragem de quem põe o que pensa no mundo /
e realiza uma existência /
que a maioria pusilâmine nem sonha tentar /
por em sombra sob umbela ao sol /
que ama brincar em suas tranças /
que descem na corda amarela /
trançada na estória de Rapunzel /
( imaginada no menino em eterno retorno que sou sempre ) /
e na história da tereza /
dos pequenos bandidos presos pelos grandes criminosos /
donos do Código Penal e do processo /
que é a chave da cadeia /
procedimento sumário para pobres meliantes desprotegidos /
( ou a clave do tartaranhão-ruivo-dos-pauis ?! ) /

Olho você conversando com outros /
que nem são seres /
são fetos de seres /
abortos postos no mundo /
enquanto você é uma das Ilhas Aleutas /
um arquipélago para pouso das procelárias /
aves em debandada do meu oceano nada pacífico /

Vejo-a única em beleza /
solitária em sua beleza pura /
- única beleza de ilha no Pacífico /
entre os demais ( que são demais!) /
navegando em solitude pelo Estreito de Magalhães /
pois por mais belos e belas /
que os demais sub-seres possam parecer /
são criaturas feias perto de sua capela radiante /
sua cabeça sob capuz louro /
sua boca a dizer palavras /
sem o amargor ou a ironia cáustica /
dos filósofos que sofrem de cinismo /
- do cinismo que vence as bestas /
as cavalgaduras quixotescas ou apocalípticas no mundo /
nos seus reinos de mendacidade /
porquanto sendo símios /
somente podem servir à política dos chimpanzés /
pois não para aptos para a sabedoria dos poetas invasores de sistemas
vegetais /
e dos sábios amantes da vida e da liberdade /
andarilhos monges livres /
das masmorras construídas com Direitos Humanos /
e outras doutrinas religiosas para orangotangos /
dançando seus tangos /

Desejo muito você /
deseja-a intensamente /
com a intensidade densa do magma do vulcão /
da Ilha de Santorini /
( Seu corpo para mim /
não é uma península anatômica e fisiológica somente /
é um tsunami na língua austronésia tagalo ) /

Sexualmente a quero muito /
e muito mais que quero o quero-quero /
quero-te quero-te-quero /
quero-quero e outro quero-quero /
no acasalamento do quero-quero /
na alma cavada pela paixão /

Todavia não posso te propor /
nada que não seja digno de ti /
nem de mim /

A terra molhada em paul /
é terra em ti /
na flor que quero que seja um miosótis /
que azul é seu amor e verde também /
na melodia plantada em violinos /
um Stradivárius e um Amati /
tocados pelo violinista azul /
e o outro verde violinista em erva /

Mas você apaúla?! /
ou a terra por baixo do ventre das heras /
não tem nada de palustre /
não guarda o lago /
com o arcanjo nadando por baixo do peixe /
a lagoa onde a garça branca /
anda na alvura da barra da alva /
silente no seu passo de bailarina de Degas /
num salto de flor de laranjeira aromática /
que pára-queda no beija-flor /
quedo o vôo /
sobre o único momento /
que o coração do tempo parou /
no ar das abelhas rajadas no amarelo dos seus cabelos /

A vizinha da loucura /
avezinha da loucura /
é minha alma /
alma minha /
alma de gato /
almá-de-gato /
de sete vidas /
- sete almas /
os sete demõnios em Maria de Magdala /
sehuve tal Maria /
se houve tal Magdalla /
caminho da rota mercantil /
com o vil til /
do lado que sopra o anjo no vento /
barlavento ou sotavento /
da ilha que invento viver /
no vegetal do coqueiro /
na respiração da palmeira /
na casa do marimbondo /
naquele vespeiro /
dependurado na palma verdejante /
que a palmeira estende /
para assinalar um adeus /
totalmente ateu /
nada hebreu no nado nato do arameu /
nata de Deus /
maranata /

Amo você /
e e é triste perder um amor /
uma paixão alucinante /
mas a vida é triste /
e um amor se perde /
depois ou antes que se ganhe /
pois temos a morte emtudo /
girando o motor /
e estagnando a água no rio de dentro do corpo /
uma paixão é também uma elegia /
não é somente uma ode ao amor /

Amo você amazona /
-amazona montada sobre um cavalo do apoclipse /
embuçada em manto escarlate /
sobre o cavalo vermelho /
pois você é o cavaleiro vermelho /
massomente eu sei /
que o cavaleiro vermelho /
não é nenhum cavaleiro carmim /
mas uma amazona sim /
carmesim amazona do apocalipse /
na qual desejo deixarum rastro de mim /
um rastro de homem /
que vai buscar o menino /
dentro da mulher amada /

(Depois de ler este poema /
olhe dentro dos meus olhos /
para eu ver se posso ler /
este poema escrito lá dentro /
no ermo da alma /
no longo rasto de luz dos olhos /
que desenha almas aladas ) /

APOCALIPSE ( wikcionario wik dicionario wiki apocalipse etimologia otto)

A água abençoa o vinho /
- a água abençoa a vida! : /
é a alma da vida /
A água se ira em vinho /
dada sua arte plástica /
sua flexibilidade incomparável /
( Vinho é bebida espirituosa /
e do cesto ao incesto /
vai a uva /
- do cesto ao incesto de Noé /
vai a uva pisada no lagar /
onde ocorre o verdadeiro milagre do vinho /
tinto ou branco /
Milagre que prescinde de Jesus /
mas provavelmente não do homem /
mão e mente e pé diligente /
que fabrica o vinho /
que inventa o vinho /
uma bebida espirituosa atravessada por água pura /
da fonte segura da química molecular /
com sua fórmula químico-algébrica ) /

Dizem que Jesus transformou água em vinho /
sendo tal milagre /
uma mostra do poder de Jesus Cristo /
por ocasião das bodas de Canaã /
na Galileia dos gentios /
Claro e clara é essa anedota /
que, não obstante, cumpre função importante /
enquanto símbolo da ação do homem /
aqui eternizado na figura imaginária de Jesus /
produzindo um milagre : /
o milagre de transformar água em vinho /
que o ser humano já fizera muito antes de Cristo /
eras geológicas, metaforizando as Eras da geologia /
porque aqui é poesia ) /

Conquanto esse suposto ato de Jesus /
seja narrado como miraculoso /
trata-se de uma alegoria /
cujo fito foi dar mostra do poder do Senhor /
porque na realidade é o homem /
enquanto ser individual e coletivo /
ser genérico /
que transforma e transformou água em vinho /
através da indústria da vinicultura /
em processo industrial /
milênios antes de Jesus /
sequer ser concebido sem pecado /
no ventre da virgem /
( o recurso literário da alegoria /
permite narrar um fato genérico /
como se se tratasse de ato de um indivíduo /
que representa a espécie humana /
- no caso qualquer um de nós /
representamos plenamente para nosso ego /
toda a espécie humana /
Todavia, para os fanáticos que se perderam no caminho de si /
tocando a nota si na gaita de fole /
e se mirando nela como Narciso na lâmina d'água /
do rio que corre até a morte, /
para os fanáticos, no entanto,
a espécie ou o gênero humano /
simbolizado em Jesus /
ou outro profeta legislador ou filósofo grego, /
quando grego era em grego /
toda a filosofia que ainda é se desfia /
Kant acima /
Kant abaixo, /
não tem leitura do simbolismo /
não acha esta leitura no homem que se perdeu de si
na nota si monocórdia /
pois para ele o simbólico é real /
e o real uma ilusão de Maya e Maria. /
Canta isso, patativa do sertão profético! /
Cante até que cante Kant! ) /

Antes de vir-a-ser vinho /
a água já vem vindo na correnteza /
que passa por dentro da videira /
desagua na uva /
passa pela uva /
( não na uva-passa /
que é desidratada /
não abriga leito de torrente interior ) /
molha o esôfago /
e encharca o espírito /
- o espírito de vinho tinto! /
ou quiçá branco vinho /
em cavalo branco /
a galopar pelo Apocalipse quotidiano /
cavaleiro branco com arco e flecha /
centauro social /
- centauro da guerra /
Cadê minha amazona?! /
- a amazona do Apocalipse... /

( O vinho é um paul /
- água estagnada em álcool /
guardião de bactérias e fungos /
vírus e outras hostes bárbaras /
a cavalo sentada /
montada em sela /
tal qual um cavaleiro ou uma amazona /
dúplice centauro /
que surge no Apocalipse do dia-a-dia /
pois o Apocalipse dá-se de sol a lua /
falciforme e negra lua em Joan Miró... ) /

domingo, 29 de maio de 2011

ÁGUA E FETO A DORMITAR NO VENTRE (wikcionario wik dicionario wiki etimologia )

Um dia a água /
que é a alma da matéria viva /
fora do peixe cristão no latim /
deixará de passar pelo corpo /
de nadar pelo corpo humano /
desenhando fisiologias e anatomias /
ao carrear energia /
em moléculas de pedra /
que é a forma de inteligência dos sais minerais /
quando em pó ou pedras minimizadas /
- rochas moleculares /
metálicas ou não metálicas /
boiando no líquido do mar vermelho /
do mar vermelho com hemoglobina /
mar de eritrócitos /
mar sanguíneo mar! /
de onde vem o amar /
que é todo o mar /
e movimento de mar /
e coração escarlate /
que late em língua espanhola! /
mas não na cor do latim /
em cor una ou "cor unum" /
( Coração arrítmico /
desperta paul /
com água nos tecidos /
nos interstícios dos tecidos ) /

Uma noite a água dentro do corpo enquadrado /
na fisiologia e anatomia de uma mulher na obra de Joan Miró /
- mulher pintada e plantada sem planta vegetal /
fora da estufa mental do artista /
a pensar a mulher com a paixão que move o artista /
a arte e a caça e a guerra /
assim algo meio-bruxa negra /
meio-vampira ou mulher fatal /
meio-morte com a lua falciforme /
erguida no céu para corujas e mochos /
- numa noite dessas pintadas por Joan Miró /
em obra poética /
a água não seguirá o curso da torrente de Cedron /
se desviará do álveo do rio ou riacho espumante /
abandonando o corpo humano ou animal /
o corpo anatômico e fisiológico /
- o corpo mítico do centauro /
corpo de fauno /
o ser dado em latim /
para estudo da fauna /

Um dia de sol chovendo no girassol /
que vai rodando e rondando o tempo e o espaço lato /
e também o espaço e tempo latente /
iminente /
ou uma noite de lua errante pela madrugada /
toda orvalhada e cantada a galope no som de galo negro /
embuçado dentro da noite sombria e fria para algia /
qualquer dia ou noite /
a água perderá o caminho para dentro do corpo /
ou será um paul dentro do corpo humano /
quando então o corpo humano /
que já dormira eras geológicas /
antes de vir a dormitar no ventre materno /
no sono do embrião e feto que se segue /
- um dia ou noite fechará todos os olhos /
no sono geológico /
- sono com tempo geológico /

Água de sono /
é paul para garças e saracuras oníricas /
originárias da matéria onírica das pernaltas /

sábado, 28 de maio de 2011

AMAZONA FORA DA VULGATA, DA SEPTUAGINTA E DO HEBRAICO-ARAMAICO (wikcionario wik dicionario wiki )

O Apocalipse vem a cavalo /
o Apocalipse está nas patas do meu cavalo /
trotando ou marchando /
- marchador marcando o passo /
no Manga larga Marchador /
( O Apocalipse refoge aos alfarrábios
velhos escritos no pó
com o dedo no pó
desenhado em arabescos /
que não são do árabe /
mas do hebraico-aramaico /
que passa ao grego pela Septuaginta /
e só vem parar em voz em latim /
quando a Vulgata fala /
canta e escreve a revelação do profeta morto /
há temos coberto de pó /
- profeta em pó /
empós tantas alvoradas belas /
que me evoca o poeta Mário Quintana /
já caveira e ossos para bandeira de pirata /
flibusteiros e bucaneiros /
e corsários do Byron romântico bardo inglês ) /

Elia! Cavaleiro Negro do Apocalipse! /
Vem cavaleiro negro do Apocalipse! /
( O Apocalipse é velho como o tempo do homem /
a sobrevivência do macróbio /
do Ancião dos Dias /
do varão vigoroso e virtuoso que sobreviveu ao ímpio /
para regozijo dos justos /
- tempo eterno de longânimo em solidão e solidéu /
se não vir a amazona /
da qual segue o rastro /
porquanto ela está montada no corcel vermelho do Apocalipse /
rumo a uma fonte rumorejante /
onde o profeta espera-a viva /
em carne viva e sensual! /
para a perpetuação dos dias /
que se seguirão a todos os Apocalipses /
até o Apocalipse final /
- o momento escatológico do homem e da terra /
enquanto planeta que morrerá /
enquanto Gaia, a deusa mãe /
que nos mantém em tríduo ventres : /
no ventre escuro de antes do feto /
e no ventre escuro da madre /
e por fim no ventre negro de Gaia /
sob terra ou no pó que fica do corpo /
buscando tempo para arcanjo ou serafim ) /

Sobre o corcel negro, o Apocalipse cavalga /
- o Apocalipse é um cavalo /
com um cavaleiro negro à galope /
um intrépido cavaleiro negro do Apocalipse! /
centauro solto pelos moinhos de vento! /
- centauro soprado pelos arcanjos nos moinhos de vento /
- moinhos de vento de Van Gogh! /

Sobre quatro patas /
quatro cavaleiros /
avançam montados sobre quatro cavalos /
- cavalos com ventas no vento /
crinas eriçadas do manga larga marchador /
em cores letais no cavalo amarelo /
- amarelo cavaleiro a cavalgar distâncias de peste /
espargidas nos quatro ventos /
nas quatro rosas do vento /
espalhando miasmas com palha no ar /
- ar mefítico de paul sem vida /
sem saracura do brejo /
peixes ou jacaré /
ou quero-quero a passar e gritar /
tocando pela brisa sua corda no violino /
numa espécie de tatibitate que ouvimos como se fora : "quero-quero!" /
mas que é qualquer som /
sem qualquer querer ou voz em onomatopéia para ave /

Quatro cavalos /
quatro cavaleiros /
tamborilando o solo /
- Quatro céleres cavaleiros! /
No entanto, nenhuma amazona!... /

Quatro cavaleiros do Apocalipse /
tamborilam tamborilam tamborilam /
fazem do solo escabelo para tambor /
tambor solista /
sob as quatro patas a tamborilar solista no solo /
solidificado sob os quatro cavaleiros do Apocalipse a tamborilar /
tamborilar tamborilar tamborilar... /
com as patas de seus cavalos /

São quatro os cavaleiros /
o Apocalipse sopra quatro cavaleiros ao vento /
- mas nenhuma amazona!.../
( por quê nenhuma amazona
é partícipe do Apocalipse?!...) /

Quatro cavaleiros do Apocalipse /
e nenhuma amazona! /
Nenhuma amazona para deixar seu rasto /
o rasto dela /
ou meu rasto nela /
no corpo dela /
no corpo da mulher! /
- Meu rastro em geoglíficos genes /
escrito ou riscado no corpo dela /
corpo de amazona /
pois também sou cavaleiro /
- cavaleiro branco do Apocalipse /
ou às vezes cavaleiro negro /
escuro no escuro /
obediente à vocação do tempo /
que chama também uma amazona /
para encetar outro Apocalipse /
que o profeta não percebera /
ou não estava legível no tempo da revelação /