domingo, 30 de setembro de 2012

ELITES - verbete glossário etimologia léxico


Há países em que o estado de direito é voltado para fins domésticos, ou seja, trata-se de um estado doméstico, no qual o estado é a Casa do  político e não o "habitat" do povo em território sem timão, nave sem tombadilho ( onde dançam os escravos referidos em Castro Alves! : o maior e melhor poeta em português da Terra de Vera Cruz), mastro, mezena ou âncora ; este povo que cai na enxurrada, ano pós ano, morro abaixo, soterrando com as encostas às costas.
Neste caso, terra à vista desde a gávea,  Brasil à vista!, o estado que há aqui, prospera e prosperou, história fora, foi um estado anômalo : o estado doméstico,  estado de fato, porém não de direito; logo, há a base física do estado : a terra e o povo, mas não o direito, o qual está apenas na ficção jurídica,  não no estado, que é fático, não jurídico ou jurígeno, o qual é ignorado pelas pobres e as decadentes elites pouco inteligentes e, consequentemente, não esclarecidas, vincadas no de mau caráter.
Elites estúpidas não  passam do fato ao direito, não separam essas noções, pois esse passo titânico depende da evolução intelectual do povo, enquanto etnia. Essa operação intelectual é produzida por seus sacerdotes e escribas, que fazem parte do poder, tem um dos três ou quatro poderes do estado e, portanto, liberdade e vigor e pachorra para a produção intelectual, que vem com o ócio, com as classes ociosas dos pensadores que escrevem a crônica do povo ( os historiadores), cantam seus feitos ( os poetas épicos ) e pensam seus deuses  ( os poetas em suas teogonias e os pensadores e teólogos, moralistas, fabulistas em suas "filosofias" pragmáticas, utilitárias, mas abstratas e abstrusas, que assentam as primícias das linguagens matemáticas que depois atinge a física, a ciência, enfim).
O objeto do estado de fato, objeto fático, vínculo de estado e direito,  pela subsunção, na união final de direito e fato, no caso, estado de fato, subsunção que dá o objeto da ciência jurídica, o qual controla ou visa controlar relações de fato através de aplicações de ilações de direito, porque se, da hipótese no direito positivo ( lei)  ao fato coincidente ou descrito claramente com a hipótese legal, se não perfaz o caminho que dá nessa fusão de fato natural, social, cultural e hipótese jurídica descrita em lei,  deixando, destarte,  de existir duplamente ou em dois, porquanto tal relação somente  é possível na forma de gêmeos germanos ou siameses, quando, então, é necessário, não contingente ou acidenta, na consonância das gnoseologias de Kant e Aristóteles. Sem esse vínculo indissolúvel, é apenas mais  um par em divórcio frequente : duas vozes discrepantes, dissidentes, incompatíveis. Assim, em divórcio, é objeto fantasma, fantasmagórico sem fato nem tampouco direito algum a se reportar.
Aliás, muitos cientistas ignoram o conceito de objeto e muito menos têm ciência da bipartição do objeto em objeto de fato e objeto de direito, os quais, ao se ligarem no mundo, com a alienação do pensamento do cérebro no mundo, ou seja, na junção de fato e lei (hipótese legal). A lei é o direito posto ou positivo; o direito em si é negativo, filosófico, uma nadidade cujo objeto está posto em símbolos e signos no ser. Aliás, nos seres do discursos, que são vários e obedecem ao comando das linguagens e do não-ser, que é o negativo do negativo. O ser negativo do não-ser ;do não-ser ainda, do vir-a-ser, porquanto não há ser para trás do tempo, ser-que-foi, ser-ido nos idos do tempo, conquanto exista  um pretérito em verbo, mas não em tempo vital, real, atual, atuante, tempo-ator ou tempo-em-ato, que é o fio do tempo real, existencial, não essencial, de realidade e realização e não a nadificação que implica o ser e o não-ser.
Pela explanação supramencionada é possível ler as linguagens matemáticas que vieram da filosofia e da ontologia, principalmente, pois a ontologia é a mãe do objeto e dos monstros conceptuais que distam ser e não-ser, na negatividade que desfaz e assim analisa o positivo, o posto enquanto ser nas coisas, nos objetos, nos fenômenos, etc.
O senso comum e a gramática vêem o objeto não como um ser dado pelo ser do homem, na ligação ou intersecção do interior do homem ao mundo  exterior ( união estável do macrocosmo e microcosmo), natural, real ( constituído de coisas, não em-si, mas para o olho do outro ou o olho do furacão, que tudo vê ); logo, no senso comum e na gramática, o objeto é desenhado sobre o corpo físico,  produzido pela indústria do homem ( entenda-se por indústria : trabalho), no artefato, objeto produzido pela técnica, sob os rascunhos ou esboços em equações que exprimem a linguagem da ciência; este artefato, indubitavelmente, não deixa de ser um objeto, no caso, objeto do fazer da ciência e técnica, com linguagem e produção; contudo, não se trata de um estudo sobre o artefato, que, assim, não é objeto de ciência enquanto considerado meramente como artefato, produção cultural, ao invés de objeto de estudo, que tem os dois lados da moeda.
 É, tão-só, objeto de técnica e linguagem da ciência, mas não objeto de ciência mais, pois há o pressuposto lógico e óbvio que, se é artefato, produto humano ou da cultura,  já foi estudado enquanto objeto antes de se transformar em artefato humano que, pode, inobstante, vir-a-ser objeto de ciência, pois o artefato é outro objeto, um objeto realizado ( não um mero objeto da realidade ou natural, porém produzido pelo labor humano, com ciência na etnologia ou etnografia. Fora isso, como artefato puro,  não é objeto, ou deixou de ser objeto, ou ainda é apenas coisa. Donde se conclui que, na contemplação da etnologia é objeto de estudo científico;  na gramática, objeto do sujeito, em relação ao sujeito e para o sujeito, dentre outros objetos possíveis e passíveis de estudo que pode ser em milhões ou bilhões ou estar nesses números encravados, se não passa ao infinito matemático, infinito de linguagem.
O objeto de estudo da ciência está no envoltório do fenômeno; entretanto, não é uma fenomenologia, senão no homem, ou no pensamento do homem, que ocorre como ato, analisando a "transliteração" de ato a fato ou seja, o estudo do próprio fenômeno, pela filosofia. A filosofia, assim como o direito, não tem objeto, mas objetivo; logo, no discurso privilegiado da filosofia  não é estudo do objeto o que ocorre , pois a filosofia não estuda objetos, não tem objetos para estudo, não se declina sobre objetos, como sói com a ciência,  mas somente sobre  atos e fatos mentais e naturais, processos cognitivos.
 Na ciência, ao contrário, acontece o estudo do objeto que os sentidos lança, atira no ar,  através dos sentidos, que então os estuda; portanto, na ciência, o fenômeno é estudado, sendo o fenômeno, então, um objeto de ciência.Sim, o fenômeno é algo lançado pelos sentidos, é objeto passível de estudo pela ciência; todavia, é muito mais que isso, pois envolve atos e fatos que são analisados no crivo da filosofia ( não estudados), pois ali há inúmeros objetos, de um vez dados aos sentidos, grudados, inseparáveis ( feito cascavéis), indissolúveis,  e, como é impossível estudá-los assim, como vários objetos colados uns aos outros, o jeito é entregar esse "estudo"  holístico à filosofia, pois é um estudo sem objeto singular, porém com uma infinidade de objetos amalgamados, plurais, porém indissolúveis, impossível de dissociarem-se  em objetos individuados pelo sujeito que os sonda desde os sentidos, sem se lograr distinguir formas e conteúdos substanciais determinados, individuados, porquanto vêem em cambulhão, de enxurrada, como uma onda de luz, eletromagnética ou do mar, do rio.
Assim amalgamados, é da alçada da filosofia, que não visa objetos, porém traça e observa objetivos, valorando-os ou não. Amálgama de axiologia e fenomenologia. A filosofia não tem mais a função de estudar o objeto, mas de estudar o estudo : epistemologia. O estudo do objeto concerne à ciência.
O objeto é algo assim como uma  não-coisa,  dado pelos sentidos, por trás do qual está o sujeito; o objeto existe somente coberto pelo véu dos olhos  que olham e vêem sob o véu de luz ou trevas que o cobre, o esconde, tal qual o véu ou a burca esconde a face da mulher, vela a face e pelo véu do mundo interior do homem, onde o objeto é recebido e emitido, no vaivém do ser e não-ser, que forma o conhecimento e dá seu conteúdo.
Um estado sem direito está descrito por Castro Alves no poema "O Navio Negreiro", obra-prima da literatura mundial, poesia de primeira grandeza ou da maior grandeza. Estrela alfa na constelação da Virgem, de Órion, da Cão Maior ou Menor, da Ursa. 

Há países em que o estado de direito é voltado para fins domésticos, ou seja, trata-se de um estado doméstico, no qual o estado é a Casa do  político e não o "habitat" do povo em território sem timão, nave sem tombadilho ( onde dançam os escravos referidos em Castro Alves! : o maior e melhor poeta em português da Terra de Vera Cruz), mastro, mezena ou âncora ; este povo que cai na enxurrada, ano pós ano, morro abaixo, soterrando com as encostas às costas.
Neste caso, terra à vista desde a gávea,  Brasil à vista!, o estado que há aqui, prospera e prosperou, história fora, foi um estado anômalo : o estado doméstico,  estado de fato, porém não de direito; logo, há a base física do estado : a terra e o povo, mas não o direito, o qual está apenas na ficção jurídica,  não no estado, que é fático, não jurídico ou jurígeno, o qual é ignorado pelas pobres e as decadentes elites pouco inteligentes e, consequentemente, não esclarecidas, vincadas no de mau caráter.
Elites estúpidas não  passam do fato ao direito, não separam essas noções, pois esse passo titânico depende da evolução intelectual do povo, enquanto etnia. Essa operação intelectual é produzida por seus sacerdotes e escribas, que fazem parte do poder, tem um dos três ou quatro poderes do estado e, portanto, liberdade e vigor e pachorra para a produção intelectual, que vem com o ócio, com as classes ociosas dos pensadores que escrevem a crônica do povo ( os historiadores), cantam seus feitos ( os poetas épicos ) e pensam seus deuses  ( os poetas em suas teogonias e os pensadores e teólogos, moralistas, fabulistas em suas "filosofias" pragmáticas, utilitárias, mas abstratas e abstrusas, que assentam as primícias das linguagens matemáticas que depois atinge a física, a ciência, enfim).
O objeto do estado de fato, objeto fático, vínculo de estado e direito,  pela subsunção, na união final de direito e fato, no caso, estado de fato, subsunção que dá o objeto da ciência jurídica, o qual controla ou visa controlar relações de fato através de aplicações de ilações de direito, porque se, da hipótese no direito positivo ( lei)  ao fato coincidente ou descrito claramente com a hipótese legal, se não perfaz o caminho que dá nessa fusão de fato natural, social, cultural e hipótese jurídica descrita em lei,  deixando, destarte,  de existir duplamente ou em dois, porquanto tal relação somente  é possível na forma de gêmeos germanos ou siameses, quando, então, é necessário, não contingente ou acidenta, na consonância das gnoseologias de Kant e Aristóteles. Sem esse vínculo indissolúvel, é apenas mais  um par em divórcio frequente : duas vozes discrepantes, dissidentes, incompatíveis. Assim, em divórcio, é objeto fantasma, fantasmagórico sem fato nem tampouco direito algum a se reportar.
Aliás, muitos cientistas ignoram o conceito de objeto e muito menos têm ciência da bipartição do objeto em objeto de fato e objeto de direito, os quais, ao se ligarem no mundo, com a alienação do pensamento do cérebro no mundo, ou seja, na junção de fato e lei (hipótese legal). A lei é o direito posto ou positivo; o direito em si é negativo, filosófico, uma nadidade cujo objeto está posto em símbolos e signos no ser. Aliás, nos seres do discurso, que são vários e obedecem ao comando das linguagens e do não-ser, que é o negativo do negativo. O ser negativo do não-ser ;do não-ser ainda, do vir-a-ser, porquanto não há ser para trás do tempo, ser-que-foi, ser-ido nos idos do tempo, conquanto exista  um pretérito em verbo, mas não em tempo vital, real, atual, atuante, tempo-ator ou tempo-em-ato, que é o fio do tempo real, existencial, não essencial, de realidade e realização e não a nadificação que implica o ser e o não-ser.
Pela explanação supramencionada é possível ler as linguagens matemáticas que vieram da filosofia e da ontologia, principalmente, pois a ontologia é a mãe do objeto e dos monstros conceptuais que distam ser e não-ser, na negatividade que desfaz e assim analisa o positivo, o posto enquanto ser nas coisas, nos objetos, nos fenômenos, etc.
O senso comum e a gramática vêem o objeto não como um ser dado pelo ser do homem, na ligação ou intersecção do interior do homem ao mundo  exterior ( união estável do macrocosmo e microcosmo), natural, real ( constituído de coisas, não em-si, mas para o olho do outro ou o olho do furacão, que tudo vê ); logo, no senso comum e na gramática, o objeto é desenhado sobre o corpo físico,  produzido pela indústria do homem ( entenda-se por indústria : trabalho), no artefato, objeto produzido pela técnica, sob os rascunhos ou esboços em equações que exprimem a linguagem da ciência; este artefato, indubitavelmente, não deixa de ser um objeto, no caso, objeto do fazer da ciência e técnica, com linguagem e produção; contudo, não se trata de um estudo sobre o artefato, que, assim, não é objeto de ciência enquanto considerado meramente como artefato, produção cultural, ao invés de objeto de estudo, que tem os dois lados da moeda.
 É, tão-só, objeto de técnica e linguagem da ciência, mas não objeto de ciência mais, pois há o pressuposto lógico e óbvio que, se é artefato, produto humano ou da cultura,  já foi estudado enquanto objeto antes de se transformar em artefato humano que, pode, inobstante, vir-a-ser objeto de ciência, pois o artefato é outro objeto, um objeto realizado ( não um mero objeto da realidade ou natural, porém produzido pelo labor humano, com ciência na etnologia ou etnografia. Fora isso, como artefato puro,  não é objeto, ou deixou de ser objeto, ou ainda é apenas coisa. Donde se conclui que, na contemplação da etnologia é objeto de estudo científico;  na gramática, objeto do sujeito, em relação ao sujeito e para o sujeito, dentre outros objetos possíveis e passíveis de estudo que pode ser em milhões ou bilhões ou estar nesses números encravados, se não passa ao infinito matemático, infinito de linguagem.
O objeto de estudo da ciência está no envoltório do fenômeno; entretanto, não é uma fenomenologia, senão no homem, ou no pensamento do homem, que ocorre como ato, analisando a "transliteração" de ato a fato ou seja, o estudo do próprio fenômeno, pela filosofia. A filosofia, assim como o direito, não tem objeto, mas objetivo; logo, no discurso privilegiado da filosofia  não é estudo do objeto o que ocorre , pois a filosofia não estuda objetos, não tem, não se declina sobre objetos,  mas somente sobre  atos e fatos mentais e naturais.
 Na ciência, ao contrário, acontece o estudo do objeto que os sentidos lança, atira no ar,  através dos sentidos, que então os estuda; portanto, na ciência, o fenômeno é estudado, sendo o fenômeno, então, um objeto de ciência.Sim, o fenômeno é algo lançado pelos sentidos, é objeto passível de estudo pela ciência; todavia, é muito mais que isso, pois envolve atos e fatos que são analisados no crivo da filosofia ( não estudados), pois ali há inúmeros objetos, de um vez dados aos sentidos, grudados, inseparáveis ( feito cascavéis), indissolúveis,  e, como é impossível estudá-los assim, como vários objetos colados uns aos outros, o jeito é entregar esse "estudo"  holístico à filosofia, pois é um estudo sem objeto singular, porém com uma infinidade de objetos amalgamados, plurais, porém indissolúveis, impossível de dissociarem-se  em objetos individuados pelo sujeito que os sonda desde os sentidos, sem se lograr distinguir formas e conteúdos substanciais determinados, individuados, porquanto vêem em cambulhão, de enxurrada, como uma onda de luz, eletromagnética ou do mar, do rio.
Assim amalgamados, é da alçada da filosofia, que não visa objetos, porém traça e observa objetivos, valorando-os ou não. Amálgama de axiologia e fenomenologia. A filosofia não tem mais a função de estudar o objeto, mas de estudar o estudo : epistemologia. O estudo do objeto concerne à ciência.
O objeto é algo assim como uma  não-coisa,  dado pelos sentidos, por trás do qual está o sujeito; o objeto existe somente coberto pelo véu dos olhos  que olham e vêem sob o véu de luz ou trevas que o cobre, o esconde, tal qual o véu ou a burca esconde a face da mulher, vela a face e pelo véu do mundo interior do homem, onde o objeto é recebido e emitido, no vaivém do ser e não-ser, que forma o conhecimento e dá seu conteúdo.
Um estado sem direito está descrito por Castro Alves no poema "O Navio Negreiro", obra-prima da literatura mundial, poesia de primeira grandeza ou da maior grandeza. Estrela alfa na constelação da Virgem, de Órion, da Cão Maior ou Menor, da Ursa.
  


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

EGITO - léxico verbete etimologia


Era natal.
Morava então em uma casa grande e velha...
- Amo habitar os extensos sobrados
que não sobram
em sombras sóbrias
nem tampouco em porões sombrios com assombrações
- mui sombrias!
e à sombra dos sótãos
sobranceiros...

Natal.

Não morava na Morávia :
morava em morada enamorada do natal
sob a estrela da noite
que rasgava todo véu negro
dentro da alma da criança.

Foi pelos idos do natal.
Meu filho orçava então
pelos dois anos
e ganhara uma metralhadora de brinquedo ( óbvio! )
que emitia um som algo cantante
e uma luz rutilante.
Pu-lo ao colo e fui rua fora
até a casa de mãe.
Irradiava  o pequenino
uma alegria contagiante
- protegido por uma armadura de cavaleiro medieval
zelosa no mantenimento daquela felicidade perfeita,
rotunda,
sem barafunda,
do menino
sob meus auspícios,
armado cavaleiro, tamanho meu exagero
no zelo.

Também eu,

que não morava em Belém,
naquela noite de Jesus-menino,
a qual cintilava na estrela
que era a alma do meu menino...,
- eu também!,
naquela noite feliz,
fora consagrado cavaleiro templário,
mais um  Pobre Cavaleiro de Cristo!,
pelo Rei de Copas,
herói arquetípico,
arcano.

O rasto desse menino feliz
e seu pai alvoraçado
pode ser rastreado no pó
de algum arcanjo de esquina
bêbado num bar
a dialogar com o poeta
Verlaine em seu paul
- até dar com a face ao rés do chão! :
Ébrio.
Descaído.

Aquele rastro nunca será apagado
da face da terra :
- é raiz eterna no chão plantada!
Radical do chão
eterno
porque Deus andou por cima dele
- daquele solo sagrado!
como o faz toda criança
sobre sapatos e sandálias de adulto
- pé no chão
cabeça nas nuvens do chapéu.
Nefelibata.

Natal.
Um menino-Jesus
e uma menina-Jesus
inclinavam-se sobre um presépio
onde não estava Jesus em menino
que fugira para o Egito
consoante o oráculo do profeta
registrado pela crônica
na expressão do afresco de Giotto
que capta a travessia
do filho indo para aonde o pai chamara.
( "Do Egito chamei o meu filho",
vaticinou o profeta ).

 
 
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

GRAMÁTICA - verbete


A matemática é uma linguagem, com gramática específica; enfim,  apresenta uma norma culta, cujo escopo é o de se comunicar com a natureza ( desiderato, anelo ), dando ordens, ordenando o universo mental, intelectual,  por meio de equações, cálculos integrais, diferenciais, análise combinatórias e outras expressões fundamentadas e demonstrada em teoremas, postulados, axiomas, proposições, etc.; com razão suficiente?! : princípio onde se funda a âncora da ciência. A ciência, a filosofia, a linguagem e a língua se fia todas neste princípio fundante da metafísica, que é de onde provêm a física, enquanto ciência, conhecimento, erudição.
Por ser linguagem,  cujo objetivo precípuo é  comunicar-se com a natureza,  utilizando como ponte ou canal de comunicação os cérebros humanos ( pontilhões)  treinados até o virtuosismo para a tarefa, via escrita e leitura, as expressões aritméticas  vem a prescindir de vocalização ; logo,  as vogais gregas, evidentemente, outrossim, as consoantes,  utilizadas no seu linguajar estrito-escrito da linguagem matemática, funcionam como símbolos, jamais como signos que, necessariamente, não o são, nem de fato e nem tampouco de direito, porquanto as linguagens matemáticas não recorrem à pronúncia, prosódia, ambas originárias da  fonética.
A matemática, uma linguagem no bojo de varias linguagens, sanduichadas na língua, não se foca no horizonte da prosa literária ou dramática, como sói no uso da língua, senão raramente, podendo, pois,  quedar-se no mutismo, vez que são feitas apenas para a escrita e a leitura de matemáticos, exclusivamente para a leitura e escrita, tal qual dizia Otto Maria Carpeaux, referindo-se a Hamlet de Shakespeare, que dizia ser obra para leitura e não para representação, devido à sua profundidade e beleza inacessíveis ao olho e ouvidos humanos, o mesmo se dando com a Nona Sinfonia de Beethoven, que prescinde de ouvidos falhos, ainda que absolutos e podem ser "escutadas" ou "ouvidas" dentro do cérebro, de forma pura, ideal, tocando as idéias de Platão, um universo para dentro do homem em concavidade profunda.
Os matemáticos, pois,  homens que se alienam do homem nesta profissão de fé, especialistas, estão, portanto, como quem lê Hamlet e escuta a Nona Sinfonia, no "escurinho" das ideias,  aptos para ler e escrever na 'pauta" musical da matemática, a qual não é um código linguístico propriamente dito, porém um código de linguagem, semiótico,  também, semiológico,  esotérico, não acessível ao leigo, cifrado, criptografado a olho nu. Uma griptografia cujo conteúdo de comunicação são símbolos  ( os signos ou letras gregas sem função linguística, porém sim função matemática), além dos sinais: sinal de mais ( soma) , menos
 ( subtração), multiplicação,  divisão,colchetes, igualdade, sinais para designar diferenças, ou para exprimir o maior o menor,
( maior que..., menor que ...), etc.
A língua, neste sentido, é exotérica, enquanto a linguagem ( há variações múltiplas de linguagens até no bojo de uma mesma linguagem) é esotérica. Endogamia e exogamia seria uma metáfora antropológica, etnológica, boa para tentar exprimir as relações abertas ao vulgo ou fechadas num jargão comunitário.
Esse aparente  descaso em relação à fonética, na matemática, lembra a mesma atitude do hebreu ante a pronúncia do nome sagrado de Deus que, em hebraico, era escrito apenas com consoantes e, destarte, tornava proibitiva a fala, que é o canto, a vocalização, a entonação, do nome sacrossanto de Deus,  Jeová,  Javé, o qual ficava guardada num profundo e misterioso, respeitoso, temeroso silêncio, nunca interrompido, jamais rompido. Quiçá tenha uma pitada desse hábito religioso hebraico no quase silente, silencioso "alfabeto" matemático-algébrico-aritmético constituído de signos gregos que cumprem função de símbolos, - símbolos contextualizados para linguagem  matemática. Talvez seja isto : uma reminiscência das consoantes que não deixavam voz ( vogais) para pronunciar um temerário "Javé", mas sim emitir um respeitoso e temeroso "Adonai". Isto pode ser objeto gratuito de especulação ;  especular, inobstante,  sem entrar em transe com viagens mirabolantes, cerebrinas, na companhia de nefelibatas inveterados, contumazes.
O idioma não somente pressupõe uma gramática, mas é também uma semiologia ou semiótica, pois se vale de um  vasto código de comunicação : vestuário,  gestual, expressões faciais, tatibitates, cacofonias, danças, andanças, muxôxos, caras-e-bocas e de uma infinidade em finitude de signos e símbolos, com predominância ou prepoderância dos signos ; enfim, uma gama de expressões, um vasto repertório de linguagens que, coladas, em colagem, possibilitam a expressão de ideias, fatos, pensamentos ou qualquer tipo de comunicação de várias maneiras, em um número enorme de linguagens e às vezes até envoltas em formas contrapontísticas, paradoxais, antitéticas.
As linguagens, por seu turno, se restringem aos seus objetos e são essenciais à prática e práxis  da ciência, considerando que prática e práxis tenha seus senões conceptuais, como modo de comunicação do objetivo ou finalidade divergente ou próxima à discrepância irreparável, irreconciliável, caso a caso.
A física, a química, usam quase a mesma linguagem matemática; no entanto, a química, por seu objeto diferente da física, se utiliza  da geometria e da geodésia de uma forma diferente da física, pois seus objetos não são o mesmos, porquanto não são duas ciências ( não existem duas ciências), entretanto são duas ou mais linguagens a se exprimir sobre o objeto em foco. Outrossim, os objetos são dois, ou uma gama infindável deles, assim como de linguagens para expressá-lo e nomeá-los, cada  um para cada linguagem destrinchar, placidamente, conforme a inteligência que se declina sobre os objetos e domina suas diversificadas.
A ciência, por linguagens diferentes e refinadas para determinar objetos de estudos, têm em mira objetos diversos, o que dá a ilusão que temos mais de uma ciência, quando o que temos é a mesma ciência, com uma linguagem específica para cada forma de objeto, utilizando-se de modificações sutis na linguagem matemática, geométrica, geodésica, etc, a fim de se coadunar-se com o objeto enfocado.
A ciência se desdobra em objetos, porém não em objetos e ciências, pois não há ciências, mas uma única e una observadora do ser ; -  do ser, outrossim, uno, todo (pan),  na certidão lavrada por Parmênides, o eleata; o que há, além da pluralidade de objetos, são as linguagens para exprimir e estudar os respectivos objetos e as filosofias, as quais são  partidas por lote de cérebros e tempos escritos : história. As filosofias, sem embargo, são tantas quanto as subjetividades, assim como as artes, a poesia eterna, furtada, furtivamente!, da mente de Deus.

 
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terça-feira, 18 de setembro de 2012

LEGÍTIMO - glossário


O Brasil é um estado de fato, isto é fato, porém não um estado de direito,  com aparato legal, legítimo; isto não é, nem tampouco  pode ser, pois não tem povo ativo na cultura e qualificado pela educação para conceber e exercer o direito, nem sequer se formou aqui uma elite genuína. Somos subjugados por uma elite espúria que, de elite, só tem a pecha, graças à sua superioridade política e, concomitantemente, econômica, fundadas, ambos, no crime. De fato e de direito, não constitui-se numa escol propriamente dita, mas de uma escória de arrivistas que, num dado momento,  de jogos de dados, no Cassino  da história truncada do estado, tomou de assalto o poder e passou a comandar e a assegurar a sua hegemonia com seu inúmeros crimes.
É um estado de senhores domésticos,  o Brasil, um estado doméstico, uma empresa ou casa daqueles que dividem os três poderes da República entre seus grupos : os grupos do executivo, os agrupamentos do legislativo e , por fim, os homens agregados ao poder judiciário ou judicante,  cada um dos aparatos de poder sendo mais mais importante e útil para a  outra instância do outro poder que,  qualquer um dos três,  ou o trio (assombro!)  junto  para a população abandonada a vegetar sem a assistência de nenhum poder, senão for poder para encarcerá-los ou esquartejá-los tal qual se fez com o alferes Tiradentes, que acabou agonizante na forca, no patíbulo. O pobre paga com a vida, a tortura e a execração pública qualquer pequeno delito que cometa ou caso venha ousar a reivindicar qualquer direito político ou econômico, porquanto tais reivindicações despertam uma fúria desproporcional.
Sendo, como o é, este país da Vera Cruz ( de fato! : a verdadeira cruz está aqui, neste país, às espáduas de seus cidadãos em cidadania, senão a fictícia) , um estado de fato, estado doméstico,  sua política e economia..., enfim, tudo o que o estado provê, não é para o povo deste país, porém para os senhores locados e galgados aos poderes, que, por sua vez, obedecem àqueles cuja incumbência é  a de  financiar os poderes, os quais são, a saber : os grandes empresários e as Ciclópicas Corporações nativas ou alienígenas; outrossim, as Igrejas, os donos dos meios de comunicação, etc., mandantes ou mandatários de fato, que ordenam o que trazem do "Ordenamento Jurídico" e outras leis assim"afonsinas": "Ordenações Afonsinas".
Os três poderes não funcionam senão na lógica e logística doméstica, reinante na velha Casa Grande simbólica, alegórica, que nunca sai do meio do caminho ( meio do cainho tombado pelo poeta Drummond, em "Minas não há mais...") , nem tampouco de dentro do sapato que colheu uma pedra na metade do caminho ínvio, tortuoso, escuro de Dante, o cantor do inferno. Boca de fogo ou forno. Para o povo, não obstante, esses poderes não tem função alguma ( só se for função zeta!), excepto para punir com rigor e coibir os mínimos passos dos pobres eleitores,  que elegeram quem lhes toma o dinheiro e bate-lhes com as varas da Justiça. Que justiça!
Os três poderes de fato são harmônicos, de uma harmonia paradigmática,  raro observar desentendimento entre eles, pois um "lava a mão do outro" e assim fica tudo em casa, na Casa Grande, sem conflitos. Para o pobre despudorado a senzala nas favelas e o pelourinho ( hoje no corpo espinhoso da lei-ouriço ) é a lei vigente na carne viva, em chagas, após os açoites impiedosos, o exercício pleno da crueldade, que marca este estado sem direito para a maioria absoluta da população, ainda tratada  como escravos nas Casas Grandes dos Três Poderes, que podem tudo contra a população escravizada, reduzida a animais de carga.os poderes agem como se não houvessem abolida a escravidão neste país para escravos, eufemisticamente denominados de proletários e outros nomes para o lúmpen-proletariado. eufemismos que ocultam os fatos atrás do direito que não é para todos, mas para inglês ler e maravilhar-se.
No que tange aos empresários onerados com fortunas de tributos pesados, tudo não passa de um mito, que não entra em modo de  rito, senão no carnaval, mas apenas em fantasias e alegorias de Escolas de Samba, com seus enredos dóceis, inofensivos, fingindo na ginga e no canto que tudo vai bem demais neste país dos carnavais e marchinhas. Quem paga tudo é o povo, os desvalidos, os miseráveis de Vitor Hugo.
Os empresários sonegam, mormente os grandes, enquanto a lei fecha o olho e dorme o sono dos justos, pois os donos das empresas, em geral, são filhos da casa, da casa Grande, ou apaniguados, e têm informações privilegiadas, pois o estado é do pai, tios, parentes, enfim, dos amigos do peito. Por ter o bizarro  direito à sonegação,  não se preocupam com a corrupção, que até os beneficia, pois, em geral, estão no esquema dos processos licitatórios, e o dinheiro perdido com a sonegação é dinheiro do povo, porquanto sendo alguns dos principais tributos deste estado, tributos indiretos,  não oneram as  empresas, que os recolhe para repassar ao governo, mas antes disso,  quando o repasse ocorre, o que nem sempre é certo, são utilizados como investimento às empresas, pelo menos pelo tempo que estão no poder dos empresários.
Os empresários não pagam certos impostos;  logo, quem os paga é a população, que é furtada, ludibriada por brechas abertas de propósito no direito, que, num estado que não reconhece o direito a todos, mas somente a alguns, aos quais é estendido todo  direito ( um direito doméstico, concernente a alguns indivíduos, mas não extensivo ao estado, senão quando conveniente) é o povo quem se encarrega de todo o pagamento, de sustentar a sociedade, seus luxos e ociosos.
O povo, que, por sua ignorância, não podem ter dignidade e se vendem mais barato que qualquer pobre prostituta, não têm instrução suficiente para entender o processo criminoso que se monta contra eles e que eles, os homens do povo, e as mulheres, sustentam, principalmente votando nas mesmas pessoas, eleitas somente para dilapidar o patriminônio e os recurso que entram no erário e saem nas mãos dos mágicos políticos e prestidigitadores habilíssimos.
A população é educada e cresce dentro de uma cultura ( conjunto de valores e artefatos, etc.) que os faz indigentes, intelectual e fisicamente, ignorantes,  ineptos para ler a realidade e  os complôs políticos, e , destarte, são alijados de qualquer processo social ou consciente; e sendo esta população constituídas precipuamente  destas pessoas tornadas inócuas,  que formam a esmagadora maioria dos eleitores, que elegem e parecem legitimar sempre os mesmos candidatos, as mesmas atitudes criminosas dos corruptos e corruptores, quer os meios de comunicação esclareça ou não que os candidatos cometeram ilícitos. Os miseráveis  ( sem pai : sem Vitor Hugo) acham normal que os ricos candidatos fiquem ricos assaltando feito bandoleiros e piratas o erário, pois têm atavicamente o hábito de crer que a a casa, a Casa Grande , que abriga os Três poderes, pertence por direito inalienável aos eleitos, porquanto este modo de  pensar está impregnado nos costumes,  consubstanciado, arraigado, atávico ( é um atavismo avoengo! ), e é parte da integrante da cultura do miserável, que no Brasil, é o principal  eleitor destes políticos que estão aí há anos sem fim, perpétuos no poder, vitalícios.Inevitáveis.
As pessoas instruídas, na terra de Pindorama, do pau-brasil, o pau em brasa, na metáfora para o vermelho-fogo,  não elegem senão um minimo de políticos, e assim são lesadas pelo poder público, que se aproveita da empatia que um corrupto ocasiona em outro corrupto ou no corruptor : esta a relação do povo analfabeto e miserável com  maioria sempre eleita neste país de mandatos eternos, apenas trocando de governador para deputado ou senador, e outros cargos de favores ou por eleição.
De mais a mais, lamentavelmente, as pessoas que não votam nestes políticos em círculos vicioso, são a classe média que, por seu turno, não é uma classe única, mas possui variegadas segmentos ; classe média baixa, alta, média-média ( que vai de Medeia a Medusa ) e cuja maioria, em torno de 60%, (no mínimo!),  é constituída de analfabetos funcionais ou virtuais, além de muitos indivíduos serem afetados pelo atavismo recorrente, de onde emerge o pernóstico com o ranço que sempre estraga o pensamento das pessoas aqui, as quais não tem paladar ou gosto algum, são insípidos e retrógradas e tendem, invariavelmente, a atender os ditames do costumes, dos péssimos costumes que aniquilam o agrupamento social deste país de tantos tolos e inúmeros tresloucados.


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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

REPRESENTAR - wikcionário verbete glossário


A matemática é uma linguagem descritiva do objeto; ela não fala com o objeto, nem de si, nem tampouco consigo mesma, mas apenas descreve o objeto "calada", sem emitir opinião ou analisar o objeto. É uma linguagem sem diálogo, em monólogo. Aliás, assim falam as linguagens da ciência, ou seja, as variegadas linguagens que caracterizam o objeto da ciência, que é una como a substância ou o ser e não várias ou "ciências" como pensa o vulgo e os cientistas atuais em sua carência ou ignorância epistemológica e ontológica, axiológica, filosófica, enfim. Tanto a química, a física, a antropologia, a sociologia, enfim, cada ramo da árvore da ciência, se apresenta ou apresenta o objeto travestido em uma das várias linguagens específicas da ciência, ciência esta que é uma, única, una e não várias "ciências", porém sim seus objetos e a linguagem usada na ciência para descrevê-la enquanto ciência debruçada sobre determinado objeto, sempre na forma de monólogo, ao contrário da filosofia que questiona e fala todo o tempo todo com seus objetos e mesmo com seus objetivos. A filosofia sobrevive do diálogo em seu estudo e mais especificamente da dialética, uma forma privilegiada de diálogo ou de estudo do objeto e do objetivo. A filosofia separa, porém não se cala sobre o objeto e sobre o objetivo e estabelece tal diálogo, na forma da dialética de Zeno de Eléia, todo o tempo. Aquilo que preenche ou é conteúdo de linguagens é o ser e o não-ser, o bem e o mal, o masculino e feminino, enfim, as polarizações, as quais estão extensas no espaço da realidade natural e sensível, no caso do ser ( ou um, número um, na matemática, aritmética, ou do primeiro átomo ou átomo de menor número ou massa atômica, na química, etc. ), e no espaço imaginário ou intelectivo, no caso do não-ser ou o número zero, numeral que exprime o negativo, o nada, a anti-matéria, na física quântica. São as polarizações entre o existente e inexistente, ou existência e essência ( conceitos medievos ), ficção e realidade, que fazem as linguagens e as movimenta "polarmente", pelos pólos ou em meio à tensão que preenche o espaço imaginário ou real entre o pólo positivo e o negativo, zero e o um ( numérico e não numérico ), o todo e o nada, etc. Esse o motor e torque que move o espaço tenso ou em tensão, quer seja tensão natural, entre polaridade do imã ou elétrica, dentre outras, ou intelectuais, no cado do todo e do nada, meras concepções de fluído ou índole filosófica, em tropel. O ser, não obstante, é polifônico e não vem se esgotar nas polaridades; ultrapassa-as, não se quedam apenas naquele espaço do lugar-comum entre a polaridade positiva ( real, fática, natural, mundana, existente) e negativa (intelectual, imaginária, inexistente, em essência pura, sagrada ). De mais a mais, o ser é visto de vários modos e com muitos atributos que fazem aparentes modificações na essência da substância, que é imutável e eterna. O ser para o homem não é somente o que é dado pela realidade na relação com o fenômeno, mas o que o homem modifica no ser, mormente ao por o não-ser, que é nada, porém exercita a linguagem abstrata. Na realidade do pensamento humano o não-ser é outro ser posto, nema espécie de "anti-matéria", porquanto o pensamento do ser humano vive entre a realidade e a idealidade , o que existe e o que não existe, contrapondo o mundo num contraponto que dá no princípio do contraditório, o qual é essencial à compreensão do princípio da identidade e faz parte dele, constrói esse princípio desconstruindo-o, na filosofia do construtivismo, que é a forma que o ser acha de se por integralmente no mundo. O homem pensante cria no corpo do ser um objeto que ele, o ser, não possui como atributo, não concerne ao ser , mas ao homem pensante, ao modo de Zeno em meio ao paradoxo ou ao labirinto de paradoxos que fecha seu pensamento a toda rota de fuga ou saída honrosa, honorável, possível, passível. O ser e não-ser ( e similares), neste diálogo ou dialética, são dois elementos de linguagens, esteios das linguagens. A distinção entre o ser e o fenômeno está na origem do pensamento, que não pode observar o ser ( coisa-em-si) senão por instrumentos ( e portanto parte de uma observação dependente do objeto utilizado na técnica e conotação fraca ) e o ser enquanto dado manifestado no fenômeno, que dá um ser meio real e com outra metade irreal, surreal, em conotação forte, severa. o estudo filosófico do fenômeno é obra da fenomenologia. Outrossim, estão em opúsculos. O objeto da ciência é o ser em sua descrição exata, no conteúdo do que é exato em linguagens, porém não em realidade; na realidade não há exatidão, mas caos ; a exatidão é uma platonização ou um tipo platônico, uma forma de pensamento colocado no espaço e não de realidade, um sonho de realização, cm tendência à perfeição utópica, idílica, que pode ser observado na geometria, com suas figuras imaginariamente perfeitas ou as formas perfeitas de Platão : as ideias. A perfeição em pensar, em esculpir figuras abstratas, basilares, representando ou postulando princípios do espaço com seus axiomas, corolários, escólios, proposições, juízos. O espaço e as idéias, ambos formas concomitantes, têm, outrossim, seus princípios. O objetivo da ciência é a técnica ou tecnologia, não realizar um estudo do ser, mas, principalmente, fazer o ser ou transformá-lo industrialmente, em artefato, que é outro ser, este da feitura do ser humano, dado em linguagens de equações e depois realizado pelo homem ( "homo faber") em matéria e energia, assim como os objetos geométricos são dados na mente com outro objeto e objetivo, modificados, em indústria, depois em escala industrial ; aliás, o objeto ou o ser construído ou desconstruído, e o objetivo mudam conforme o ser venha a sofrer as mutações que a arte, o labor, a engenho e a habilidade do homem proporciona e põe em objeto inovador, que não prescinde de objetivo inédito. A inovação do objeto, do pragma, norteia outro caminho para o objetivo, que , senão, fica defasado, obsoleto, arcaico. No fenômeno o ser é representado, quer dizer, é apresentado desde o pretérito, ou no passado, e não está , pois, presente, no tempo, porém fora do tempo real, que é o presente : sem realidade ou existência, excepto a existência dos sentidos que o captam, os recolhem ou colhem no mundo das coisas. Daí, é representado tal qual a luz da estrela que vemos agora é representada, porque sua luminosidade vem de um passado remoto, e sua luz observada agora, viajou muito para chegar ao olho humano, na velocidade da luz. Quiçá, a estrela em foco nem exista mais, nem esteja mais emitindo. Aliás, todo ato de representar é um ato que remete ou se refere a tempo pretérito; logo, na representação não há presente, mas presença do ser que se remete ao passado remoto ou imediato com presença no pretérito, pois, enfim, o presente já é passado, quando chega à percepção humana, de ato a fato. Não percebemos imediatamente, mas mediatamente, porquanto o tempo que se leva para compor o ato em fenômeno já constitui um tempo pretérito, como, aliás, dí-lo o prefixo "re"( para trás, no pretérito), que encetam palavras que exprimem o tempo passado ; senão vejamos: recuar, rever, requerer, repetir, representar ( tirar do passado ou pretérito e por no presente como presença do homem pensante, porém nunca como tempo presente, porque o presente mesmo não é nos dado conhecer, mas apenas vivê-lo e enquanto vivendo, existindo não há representação da vida em ato imediato, apenas é possível uma representação da memória de vida, no fato que deriva do ato. O presente vivido com o ser a percebê-lo imediatamente, ou a coisa-em-si, no sentido de linguagem filosófica, não existe, não há, é impossível, pois a percepção não acompanha a vida, que vem antes (pré), enquanto o pensamento vem posteriormente (re). Não há presença do ser em percepção, mas sim na vida. o ser é ausente no ato, porém pode ser representado no fato, como a luz da estrela cintilante que vemos hoje no céu, conquanto ela, a estrela, já tenha emitido tal luz há milhões de anos-luz. O fenômeno tem liame com a sensibilidade, que dá o ser representado, ou o não-ser, que se passa por ser, porquanto fora do presente não há ser presente, não há ser algum, mas apenas não-ser. O ser é, enquanto coisa em si, ou seja, coisa no homem, no tempo presente, algo vivido ou experenciado no homem e pelo homem, no tempo em que o homem atua, vive, existe; tempo vivo, vital, que pode e é vivido, no ato, porém não pode ser percebido : é imperceptível, não passa pelos sentidos, e tão-somente toma fumos de conhecimento, naquilo que não perceptivo, não sensível, ou seja, na apercepção do intelecto que, assim, outrossim, conhece a coisa em si, não no sentido kantiano, que mira a razão ou de Shopenhauer que atira na volição como ser em si. Trata-se de um ser pensado, não vivido; parte existente, parte essencial. o ser não está em presença senão da vida, a qual não percebemos; no entanto, refugiamos na apercepção intelectual para realizar esse ser, compô-lo de pensamento e de realidade mista, não fenomênica. Vivemos no presente, mas somente percebemos e experenciamos o mundo e o tempo como pretérito, no tempo passado para a memória, a qual cumula fatos, ou fabrica fatos conhecidos dos atos vividos. A coisa-em-si é um não-ser no fenômeno, algo em natureza que que não partilha a coisa com a sensibilidade, pois o ser sensível do homem não percebe, imperceptível que é a coisa, que é um ser em si, não para o outro, não para a percepção, mas para a apercepção intelectiva; porém a coisa percebida pelo intelecto em si ( intelecção coisa ou ser de intelecto ), tem expressão na imaginação, em parte, e em parte na razão, a.qual põe o quadrado e a raiz do quadrado : a quadrada, quádrupla, hermética em si como a coisa-em-si. 

 
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domingo, 9 de setembro de 2012

TCHAIKOVSKY - vida obra biografia enciclopédia delta barsa verbete músicas óperas balés sinfonias concertos piano violino


Primeiro temos medo do escuro
sem tempero de lua
Posteriormente emerge o medo da morte
e por fim acabamos com o mais sombrio dos medos :
o medo de nós
só traduzido me linguagem individual conotativa
no medo em mim
de mim mesmo!,
pois eu posso me matar,
perpetrar suicídio após uma loucura irreversível;
logo, tenho o poder de me assustar
até o auge do pânico
melhor que qualquer demônio ou espírito obsessor
uma vez que sou o deus Pã
- o deus silvestre
no jângal dentro de mim
que aparece de chofre
ocasionando o terror pânico
que no jargão médico-psiquiátrico
é o transtorno ou a síndrome de pânico

O recém-nascido, a criança,
têm medo do escuro
que não temperou lua no céu noturno,
de mamífero fechado em olhos
para luz aberta em lua temperada
com o trevo das trevas
que arregalam os olhos
ao menor facho de luz
ao archote : tempero de luz

Cada noite de intempérie,
intemperança natural,
na madrugada longeva,
que vai e vem no balouço do ar
pelas ondas sonoras dos galos,
que, destarte, forma um arroio,
- mais medo de mim
é adicionado à trilha da calada,
em passo de horas sombrias
sobre a alfombra orvalhada
com o arcanjo negro
a brandir trevas
sobre um corcel retinto

Do berço ao mausoléu
a luz corre atrás da volúvel borboleta amarela;
porém a escuridão
amarga as ervas do sono,
suscita um tempo para margaridas amargas
e espicaça as abelhas melíferas

O terror macabro
lúgubre no ubre da noite em Via Láctea
é um betume pintando meus olhos
enquanto o pânico em mim
que sobe na surdina de mim contra mim
adiciona um anelo de amarelo ao meu temor
infundado no fundo do fundamento
que me funda na pedra em radical
para medrar o medo em pau
- Pau D'arco!

Entrementes, os meus medos medonhos,
não são arremedos do pavores tribais
dos arianos originários da Assíria,
Líbia e Fenícia,
reinos da época do medo e dos medos
do povo da Média
os quais se exprimiam
em língua do tronco indo-europeu
em cantos de cem versos à Média
aos montes Zacros
e ao país do Elão
Os Medos da Média:
- um povo todo de medos!
Um povo de dar medo!
Horripilantes bárbaros
ginetes sectários do horror
( Os meus medos
não são os seus medos
nem tampouco os nossos medos nos ossos
- os meus povos
são povos incomunicáveis
insólitos
inéditos )


Nadamos do ventre
no líquido amniótico
à cova rasa
na faixa de luz.
Cardumes somos
em travessia nos arroios de umidade do ar
em ponto do orvalho
em carradas de luz.
Viandantes entre as sombras do deserto
e a luz que medeia o andarilho ao claro do luar
- entre as quais atravessa o ser humano
sanduichado entre duas mortes
ou regiões de sombra
que precede à natividade
e, após a travessia,
com os pés plantados na alfombra de luz solar,
e a cabeça tendo por chapéu o dossel verde da vinha,
encontra as águas frias
na região do encontro oeste
ensombradas no que pisa na alcatifa
e no tinge o chapéu negro do dossel da noite
temperado com estrelas alfas e deltas
( É a célebre e breve travessia
de este
ou da morte para a vida
em exíguo caminho de luz
até o oeste
quando as trevas voltam a cobrir tudo
inclusive a vida e a morte
do sul ao norte )

Com uma das mortes no breu
em trevas de antes da travessia pela luz solar
e a outra ao abrigo da sombra
que apaga a última luz,
caminho em passamento para a escuridão glacial
ensaiando primeiros  passos de bebê pela luz
sob as veredas banhadas em águas claras de estrelas enfileiradas
que esta é a estrada por onde passa a vida
com sua força e alegria imorredouras
dourando a própria luz
com o frenesi da vida pululante
ululante nos lobos e no vento
- uma alcateia a ulular ao luar
que cintila em espelho nas escamas do dourado
peixe pescado no Rio São Francisco
pelos canoeiros com tarrafas ou anzol

O medo de mim
que jaz em nós
aumenta a cada lustro
e paralisa tal qual o veneno da vespa negra
que imobiliza a aranha
a fim de servir de pasto à cria
da vespa negra assustadora
detentora de temível tecnologia tóxica
cuja arma é uma peçonha
desenhada na química com geometria em linguagem
da farmácia da natureza
e da ciência do homem consumado

O pior pânico
é o medo interno
- o medo de mim!
medrando cada vez mais
na medrosa flor a medrar
na inflorescência  amarela
em lividez de lua
assustadiça
de mais a mais
- para o mais
indo cada vez mais
enfronhar-se no tempero preto e branco
de vida e morte
ao sol a este
e sombra à oeste
da tulipa negra

O terror pânico
o temor supersticioso e cioso
do homem mais próximo de mim
- que sou eu mesmo!
esse ser dado à  boca da besta
à fera predadora
persecutória
letal
em modo de caça
perseverando atrás da presa
- a infeliz vítima
que posso ser eu
vitimado por mim mesmo
na selva negra embuçada de trevas da noite
do medo sem dó menor
em dó maior
em concerto para piano e orquestra sinfônica ou filarmônica
de Mozart ou Tchaikovsky 

 
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terça-feira, 4 de setembro de 2012

MORIGERADO - léxico lexicografia glossário etimologia etimo

Foi alienado a mim um bem imóvel do poeta
de versos e versificação ao vermelho da amora
com queda angelical no rosicler
da manhã que manca
ainda com o sono pesando nos olhos zarolhos:
oníricos abrolhos
( Não!, de dentro dele
- do sono ao hemistíquio do sonho,
de suas entranhas estranhas,
hemisféricas no olhar de pestanas fechadas,
não saiu a caminhar
um poeta Verlaine!
- rumo ao absinto
servido em um Café de Paris
às  margens do Sena 
curso d'água nadando em si
- písceo ser elétrico
barométrico... )

O esteta que lá vivera e cantara
o lá lá lá da nota lá, no  musical,
em lá maior ou menor,
conforme o arpejo sem pejo dos acordes
- pintava quadros ingênuos
duma candura de duma estética
que se refletia nos versos
de poemas versando sobre Nossa Senhora
e sua imaculada candura
e concepção virginal

Latinista emérito
poliglota
conhecedor de filosofia
professor de matemática
- um erudito como sói serem os poetas
que enfrentam o jângal
qual fera selvática
cuja sanha de matar é mais sutil e violenta
que as das bestas microcéfalas
 
( O poeta é um deus silvestre
que sopra avena
cujo som vai boindo sobre as ondas 
qual navio ou nave e ave 
no cosmos que é a selva impenetrável
intrincada no obscuro da umidade
 regada  no regato...
floresta  intransponível
- presa ao cipoal
pela cauda preênsil do primata
dilacerada pela mandíbula e garras do predador
que salta no tigre de tocaia
na onça de atalaia
e que, ao mesmo tempo,
voltando a ser o poeta,
 quando livre da possessão diabólica da fera,
a fim de tolerar a hipocrisia humana, 
baixo luar de sertão tão vão nas grotas,
amealha um vasto conhecimento universal
para que o poeta se afaste 
em latifúndios léguas de e alqueires de versos em virtuose
que os alheia o bardo dos homens
talahados na pedra 
para ser escravos sociais e pessoais
para pder gozar da tolerância  dos senhores do universo
sem verso de anacoreta bizarro
dissidente refugiado no inverso
ou no anverso da prosa
e do prosaico )

Homem morigerado

empertigado
cheio de manias
esgares trejeitos rictos
solteiro convicto
solene no trajar
no contato social
econômico nos vocábulos
contido
afetado
com um quê de efeminado
nos modos de megera irascível...
Enfim, um ermitão de brio
em meio ao burburinho estúpido
da arraia-miúda a se proliferar,
do rebotalho a chafurdar na lama,
prolíferos e supérfluos
mas necessários à base da pirâmide
que sustem os nababos privilegiados
na raiz não-quadrada do nabo

  Aquele homem personalíssimo
não era nenhum poeta Verlaine
a entrar e sair livre
do bar e da poesia
embriagado!
uma das poucas formas de evasão do tédio amarelo
em página
que sopra a alma
para outro flautim
de serafim chinfrim
de brim, bebericando gim  )

Ele vivia na casa

a plantar e sachar
por em gaiolas  aves  canoras
e conviver com uma seriema
entre árvores e arbustos
sonhando com bustos
sem sustos com Súcubos e Íncubos fletidos
- na esteira da flecha de Zeno de Eléia

Havia uma pérgola

onde uma parreira
dormitava em uvas;
um pé  de carambola
outro de pinha
uma palmeira com cocos
na palma da mão esverdeada
segurando um vespeiro pululante de vida
e, por fim, e por mim ( porque não?! )
um pé de canela 
ou uma caneleira 
 que envolvia a todos
com um olhar verde
de violinista que afeta o espírito
pelas ondas que dançam no ouvido

Acabei com a vinha

decepei a caneleira a golpe de machado
mas ela voltou a florescer
e então a deixei em paz pura,
na pureza da paz da pomba,
ao arredor de suas folhas
cuja infusão proporcionava um bom chá
de delicioso aroma e sabor

Depois alienei o imóvel

e veio outro ignorante
destruir o restante do vegetal
que habitava no fundo do poeta ;
o restolho da ceifa
no sono da palha
no verde do lodo
ficou exprimida e espremida
a última alma do poeta
que por ali tergiversou à vontade

( Quando acabará o lastro vegetativo

que mantém o ser humano vivo
abraçado aos vaga-lumes
que já não erram pelos caminhos do céu noturno
corrigindo trevas
e aos miosótis que pintam o azul
nos olhos que descem ao rés-do-chão?!
- Quando deixar de vir-a-ser
um poeta Verlaine,
à deriva,
sempre á deriva?! )