sábado, 26 de janeiro de 2013

REDUCIONISMO(REDUCIONISMO!) - verbete glossario etimo


O pensamento com perspectiva filosofante
não  passa de um ceticismo teórico,
mas a vida
não se reduz à razão,
pois esse reducionismo(reducionismo!) empobrece
a relação humana
que é mais rica
que o Quietismo.

A filosofia enquanto crítica acerba
do conhecimento teórico
não permite que o pensamento
chegue ao ponto de fé
ou ao ponto de orvalho
face de areia
lavada pelos olhos
do outro que chora.

A fé,  que é a vida,
que é a esperança,
que salva,
que é o amor,
que é a caridade,
na acepção latina de "caritas" :
amor divino,
a fé e a razão
têm que ser equalizada
na equação
que cabe na física e na matemática
em linguagens poéticas para-glaciares,
sem a libido,
mas não no homem
e na mulher,
onde cabe o amor,
que na paixão vem destroçar
- o coração irrequieto.

A filosofia moderna
livre até no conhecimento,
e do próprio conhecimento liberta,
insurreta, sempre amotinada,
iconoclasta,
indiferente à limitação que representa a ciência,
mera encenação para gente limitada
que não tem cérebro para ato filosófico,
sabe que  o conhecimento científico,
ou da razão ("Scientia rationis")
se restringe ao teorético,
e, portanto, não contamina a prática
do homem comum
nem a práxis do sábio,
pois o fazer
casa-se com o saber
que é pura fé,
vida, amor, caridade...,
porquanto a sabedoria
é inata, ingênita,
viva na inteligência viva da criança
e morta nos adultos amortecidos,
embotados, estapafúrdios, basbaques...

Quando eu era um filósofo epicúreo

olhava com tamanho desdém,
abrangia com um olhar irônico,
sobranceiro e eivado de indiferença
todos os seres humanos.
Hoje fico a cismar
se não foi pelo meu antigo desprezo
pela torpe humanidade
que me apaixonei de verdade
e,à primeira vista me encantei,
desmensuradamente
ao deparar com a medusa
subindo as escadas
que eu então descia
e o desdém aliado à sua beleza
evocou-me o meu ar escarninho de antanho
como o escárnio
apegado à minha inteligência livre e natural,
tirada ao gênio da natureza,
- ao gênio nas crianças!

Será que quando vi a medusa
o que amei foi o epicureu em mim,
observando-o nela refletido
como se fora um Narciso
em forma feminina?!

Ah! o amor!
A paixão, pacto com fogo,
esta lava
que lava a face,
a face de areia
em banho na clepsidra,
com a água da clepsidra,
que apaga a areia
e cava a face
como se fosse uma fauce
ou  uma cova
antes da cova a final.
Vinca-a, ao andar sobre a areia,
o tempo, este filósofo epicurista,
aqui escriba.

As faces dela e minha
na areia da ampulheta
contadas em tempo
são fauces
e foices da morte
que sega.

Quando a vi
subindo a escada
toda tesa
em sua beleza exuberante
fiquei embevecido, extasiado!
Só depois do choque tremendo
é que me ocorreu
que eu era assim
um deus epicúreo
com todo o direito
de desprezar o mundo
dos homens vis
e das mulheres venais
que valem os seus míseros reais,
mas não valem uma flor-de-lis,
nem um miosótis pequenino :
- gente abortada,
sem beleza e destituída de inteligência,
sem dignidade nem honra,
decrépitos, insolentes, levianos,
ineptos para o amor,
inermes vermes...

Vi-a e só então recordei-me,
caí em mim de maduro,
- que eu sou assim
igual a ela,
não similar nem semelhante,
mas igual a ela na equação,
seja no odor que exala da carne
e dos cabelos negros
ou no que mais possa ser
a quatro olhos negros na noite.

Somos um ser ( em dois!) assim
- sem perfumes, nem disfarces, nem ciúmes...
simples, porém não simplórios,
capazes de desprezar o mundo inteiro,
mas a nos amar
até a eternidade passar
e escrever o saltério e os cantares
dessa paixão de vulcão em erupção
nos céus, em rolos de pergaminho,
e na terra, onde nasce o papiro,
epicúrea medusa!

( Excerto dos "Apócrifos da Medusa" e do livro "Os  Cantos Sobranceiros do Jardim de um Deus Epicúreo")

Ficheiro:AUGUST RODIN O pensador (vista frontal).jpg
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MARTIROLÓGIO(MARTIROLÓGIO!) - wikcionario dicionario wikcionario

Sem ela
não há janela
ao encontro de coleóptero,
lepptero,
himenóptero...
  
Sem ela não há novena, novela, hiena, avena...

Sem ela não há como arranchar amar mar marcar marco martirizar Marte ser mártir em Martirológio(martirológio!)  e coisas mais loucas postas em palavras que estas aqui postadas. Postuladas?!  
 
Sem ela,
que será de mim?!
Será...: ai! de mim! É o que será! ( Espero, oro para que não seja triste assim! No fim  há sempre um amendoim... e uma amêndoa que doa a casca, castanha, carapaça! Que isto não doa!, em mim, a final...  )  

Sem ela,
sem hora,
senhora, ó senhora,
o que será de mim?!:
Serei senhor
sem mundo,
terra aonde irei replantar o mar...:
o mar de Omã.
Ãhn!

Sem ela,
Martim pescador
vira a canoa
no rio bravio
com gorgulhos,
em engulhos...

Sem ela
não há luar,
cantar, olhar, chorar,
respirar, inspiração, paz,
pás de moinhos de vento
acenando,
desenhando o amor
no aceno
escondido do adeus
nas palmas das palmeiras
que me deram adeus
quando eu era ateu
e vivia sob o breu
com uma noite escura
sobre a  alma
sem Cassiopéia.
Ela é Cassiopéia
em estrela no céu
e Cássia no vegetal
que alimenta a mulher,
que amo tanto!...
De bilhões de tamanhos do céu
( ò céus tamanhos!)
é o tanto que meço
do que amo ela:
"Ad infinitum"
amo-a, ainda que amuada, amada amudada! 

Sem ela
não há ar,
nem mar há
a encher um  mar
de Omã...
Ãhn!

Queria tanto ficar com ela
- e para  sempre!
Entrementes, sei que as mulheres
são eminentemente práticas,
prosaicas mesmo :

sói que assim sejam...
- e nada líricas,
sem liras,
excepto as libras esterlinas...;
 lírios não líricos,
liliáceas, são as mulheres,
- liliáceas com nomenclatura binomial
e binômio de Newton,
o físico que era, em verdade,
um filósofo natural,
o qual jamais quantificou
o quanto queriam os "quanta"
que avivam a brasa
no braseiro do pau-brasil
e da física dita quântica,
a qual quantifica o pau
inquantificável
que foi para a freguesia de Alquerubim
no concelho de Albergaria-a-Velha.

Espero que ela
não seja assim
- quântica
tal qual um jasmim
sem mim
no arbusto
- adusto?

Sem ela não há moinhos,
não há ventos,
ou se há ventos,
e se há ventos,
estes são
eventos de morte
no expirar dos moinhos
e não no ato de inspirar
que fez um moinho de vento
- do vento das ventas
de Van Gogh
e outro moinho plantado no vento
que "semelhe",
assemelhe-se  e semeie
mil Monet em movimento de clausura,
expiando  moinhos de ventos
e cata-ventos asfixiados.
Pobres inventos dados aos ventos
que emitiram o último suspiro,
sem ela
em amplexo comigo
a caçar eternidade.

Sem ela
não há eu
porquanto meu coração
foi transplantado
do meu peito
para o peito dela;
e agora bate
sob o seio dela.


Porém,  se o coração dela
não fez o mesmo trajeto,
então não é amor,
nem um "pathos"
há aqui
na terra do pequi;
e sem "pathos"
não há pactos,
pois o amor é recíproco
e não havendo mutualismo
não há de se ver paixão,
abrasão cega...,
mas apenas obsessão,
solidão em solitude,
monomania
sem empatia,
histeria,
histerese...


Se o amor é platônico
não passa de um solilóquio
fundido com a solidão do insano
e a solitude do ermitão.
Em vão.
Amor catatônico!Bah!(catatonia!)

Sem ela,
cujo codinome é medusa,
não há eu :
- e eu estou sem ela!;
logo, sem mim,
sem meu ego.
( Estou no escuro
do meu ego de menino,
perdido para ela,
procurando por ela,
entregue a ela!...).

Sem ela
estarei sem hora...
- Senhora da minha vida!:
- Inexistirei:
sem hora,
senhora!...


Ela : estrela no céu constelar : Cassiopeia!
Árvore da vida no jardim edênico : Cassia!
Mulher em cuja espécie 
está classificada a Medusa,
cantada em apócrifos. 
Medusa

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