sábado, 21 de abril de 2012

CANÔNICO - terminologia cientifica dicionario terminologia wikcionario juridico onomastico enciclopedia jargão jergão verbete glossario lexico lexicografia etimo etimologia nomenclatura

A teologia é a filosofia de Aristóteles, na sua ontologia ou onto-teologia, e as normas canônicas, conceptuais e contextuais de época. Não a ciência, nem a filosofia, que vinga nesta terra, Pindorama dos aborígenes, mas a mescla de ambas, de filosofia aristotélica com o ser distorcido em divindade suprema e normas do direito canônico vergado pela tensão da gravidade da época, tudo  para atender ao tempo, a serviço dos homens e seus sicários no tempo.
Isso é ciência em contexto de época; ou seja, a ciência sempre é uma ciência de época, com contexto de época que a costura e prende à época. A ciência é, também, e precipuamente, contexto e normas de época, ou seja, interesses temporais-pessoais de quem comanda e aspira continuar comandando, com a roupagem de ferro e por detrás da máscara de ferro das instituições, que deformam o ser humano em monstro vesgo, com face no ferro fundido.
Na contextualização atual, por exemplo, o funcionário público do fisco trabalha como menino-propaganda do governo para vender notas fiscais, eletrônicas ou não, gastar papel, consumir  energia elétrica a ar condicionado, dentre outras despesas, que são lucrativas para as empresas emaranhadas na trama do homens no governo e as empresas e empresários que se beneficiam e pagam por esse privilégio legal, que no Brasil tem o nome pomposo de licitação pública. Bela onomástica!, adormecida no berçário.
Enquanto alguns são coagidos por lei a desperdiçar ( e chamam esse desvario de economia de mercado livre!) outros, que forçam por lei e mandamentos enriquecem desmesuradamente. Esta a economia de mercado! : ao desperdício sem fim dão o nome de consumo e distribuição de riquezas, etc., numa arenga de loucos para loucos no drama de Hamlet sem Shakespeare como poeta trágico. A tragédia e comédia aqui, na economia, é o consumismo exacerbado, incontinente, frenético, delirante, demente, extremamente excessivo, hedonista até, se fosse uma filosofia do gozo, mas é apenas um doença endêmica-epidêmica do que denominamos "capitalismo".
Os policias, outrossim, estão mais a serviço das auto-escolas, mancomunadas em interesse com o Estado ( de alguns homens donos dele por leis e decretos, resoluções, portarias e outras "especiarias" apimentadas ), pois ao multar, tomar o veículo, por causa da falta de carteira de habilitação, servem apenas os interesses das auto-escolas, nas quais o negócio ou o lucro é o óbvio e único fim e a "habilitação" dos condutores e motoristas, pilotos, uma farsa grosseira. Uma torpeza, no país das maravilhas em torpezas e fatos torpes! : É a sociedade do nojo, o país do asco, dos ladrões eleitos para roubar, matar, traficar, prevaricar, cometer perjúrio, fraudes, falcatruas, porquanto a eleição dá o direito inalienável de cometer  impunemente todo tipo de crime, que, quando o indivíduo é alçado ao poder, já deixa de ser crime punível.
A ciência de um tempo é uma só com seu carro-chefe ou locomotiva: a de hoje é movida pela economia que desfia o rosário e canta a ladainha de crescer infinitamente, faustiana que é, faustosa, mas sem robustez. Essa linguagem, da da economia, é a célula-tronco ou as células-tronco, se querem assim-azado, da ciência atual, do pensar metodológico, oficial, formal que atua no palco hodierno, sob as bençãos do direito e da economia mestra, no mesmo senso que cabia ao grau de mestre nas corporações ou guildas medievais. Medievos.Povo medievo sob solo, no Seol, Hades, infernos, subterrâneos- subterráqueos mundos sem fim.
Aliás, a ciência é uma só, mas com inúmeras linguagens apropriadas aos objetos tocados pelo estudo ( os objetos são nominais, no âmbito da linguagem científica, quase gramaticais mesmo! ); a ciência é também não-individual, porém um artefato coletivo, movida e fundada em instituições e não em  indivíduos, ao contrário da filosofias, que são filósofos e não filosofias, pois estribam-se em indivíduos e não apenas apresentam variada linguagem, mas também um sem número de pensamentos conflitantes, divergentes ou até convergentes.
A linguagem da ciência é a técnica, que denominamos "tecnologia" e pensamos ou imaginamos nomear com isso apenas os artefatos produzidos com a linguagem da ciência em equações literais ou arquiteturas matemáticas-algébricas-
geométricas; todavia, esses artefatos também são artefatos linguísticos, de linguagem tanto na geometria quanto na equação e na língua escrita e falada ou cantada, poetizada, no fabulário, no anedotário, enfim.
 A ciência, praticamente, não passa de técnica, em linguagem, seu conteúdo, e fazer : é a linguagem do fazer o seu conteúdo e foma, geometrizados e parametrizados assim em ambos os lados do fazer-pensar, que o fazer é, na técnica da linguagem matemática científica, um fazer pensando ou pensante , ou melhor : pensado e fixado no rigidez da escrita ou que se traduz por significado e sensos do mundo captado pelos sentidos, ao se captar o movimento e a imobilidade no objeto aparentemente imóvel, ao menos aos sentidos em ato, mas não ao senso pensado.
 A linguagem da ciência, que se confunde com a própria ciência, se reproduz nas normas gramaticais de como fazer, do como ir da matéria natural ao artefato fiado num humanismo filosófico que filosofa em Nietzsche ou Marx e outros inúmeros seres que se doaram ao aoto de pensar, teatralizaram o ato de pensar, no formalismo dos signos e seu símbolos, significados, sensos comuns e incomuns, mas todos comunicáveis, na linha exotérica ou esotérica, conforme a elite ou o povo seja o eleito à pantomina da literatura, que então é clássica ou chinfrim, está engolfada no ato faustiano descrito por Goethe, na tragédia do Doutor Fausto, o homem livre, o livre-pensador enciclopédico, o filósofo ilustrado, o sábio sequioso do saber e do conhecimento infinito, e sue desdém pela ética e moral costumeiras ( tal qual é a face da ciência atua : faustiana ),  e da frágil Margarida, a bonina,  ou esgares do teatro mambembe do circo dos cavalinhos. Ambas tem sua axiologia e seu público-alvo, seu lastro comunicativo-significado-
simbólico-alegórico, seu "pathos" filosófico ( dionisíaco-apolíneo, de luz seráficas e trevas diabólicas, arrastadas ao maquiavélico) exibido dentro de seu teatro vital, sua tragédia e concomitante doutrina e filosofia trágica, seu culto externo e interno, seu olhar e sentir-saber-conhecer o mundo no meandros de uma linguagem específica, a qual faz aquele mundo e ciência e metafisica, no sentido nietzschiniano do termo.
A linguagem da ciência atual é a escrita em "glifos" gélidos, escandinavos, e não em "grafos" cálidos, latinos, da matemática, ciência da contemplação-comunicação da era glacial na razão, no princípio da razão suficiente ( ou não, porquanto o forro ou o estofo do contexto se modifica com os interesses dos contextualizadores ( políticos, legisladores no poder, dentre outros que influenciam o contexto, mormente os comerciantes, pois eles são e sempre forma a mola propulsora da inteligencia humana, os reais senhores do poder e do dinheiro ).
Tal linguagem, a da matemática, que é uma forma especifica de linguagem da ciência, ou do conhecimento,  não contém a mais ínfima emoção ,porquanto está voltada para a frieza do movimento do degelo natural ou o calor de fusão dos metais pesados, no vulcões objetos de vulcanólogos ou na indústria, objetos da linguagem da engenharia dispersa pelos engenheiros ou reengenheiros da matemática aplicada á química e física; á matéria, enfim, conquanto a palavra "engenharia" dispense ou desmanche o manche dos engenheiros e se ponha no comando abstrato, no trato da ciência do Direito, que é a mesma ciência com outra linguagem e roupagem técnica-política, polida, com uma gramática para servos e escravos.
A linguagem matemática-química-física-
algébrica, que enuncia as gramáticas da ciência e finca seus objetos geométricos, nos quais se plasma e dá plasticidade ou a forma dos objetos, abstraídos num espaçamento fora do mundo natural,  é  a linguagem para comunicar e comungar com a natureza indiferente ao homem ( a natureza é uma deusa que dá a vida, a Gaia, a mãe primeva, e mata o ser humano sem piedade, nos ritos sacrificiais em suas aras transbordantes de sangue. Seria esta a origem ( ou uma das origens) do sacrifício sacerdotal, ritual?!
Já a filosofia é a linguagem do pensamento em conceitos vitais, não a linguagem a serviço da técnica ( tecnologia no sentido de fazer o objetos pensado ou imaginado na prancheta do arquiteto, químico, engenheiro, com seu desenho geométrico ou equacional ), no caso da ciência ; porém é, outrossim, a filosofia, em suas ramificações de arvoredo e passaredo,  a linguagem de que se serve a arte em seus argumentos persuasivos não-nietzschinianos ou anti-ditirâmbicos, pois a arte é a vida com sentido filosófico, revitalizada após o assombro, o espanto, o susto e o nojo que a tragédia coloca como arte, a fim de fugir à dureza diamantina da vida, que leva a morte enquanto sombra do viandante, do caminheiro, do peregrino, do andarilho.
De fato a filosofia é que é a ciência, em sentido lato e estrito; no entanto, não cumpre função técnica, senão na linguagem, na elaboração e aprimoramento dos conceitos e da verdade que o ser põe no mundo, pois isso concerne à ciência, cuja linguagem está envolvida com a técnica; com a técnica ( tecnologia)  que pensamos ser ciência quando , de fato, não o é, senão na ficção do direito, ou da ciência que impregna a linguagem do direito com a metafísica da ciência real, fática, que não pode ser física, mas metafísica, dada no pensamento enquanto ser e não ente fenomênico.
De mais a mais, não há uma filosofia ou nenhuma, pois esta forma de pensar, derivada ou unida á arte e á religião, não está na existência, excepto pelo filósofo, que são muitos e, concomitantemente, muitas são as filosofias, tantas e tamanhas quanto maiores ou menores sejam os filósofos, seres alienados do homem, o único ente e ser real, inalienável, acima da ciência, da arte, das filosofias, da religião e dos estados,que a todos escravizam com sua uniformidade e prisão generalizada : a cada um a sua cadeia, o seu grilhão e aguilhão.
( A ciência é meramente
linguajar técnico
língua literal
para trazer à baila
do limbo
objetos pensados
arrastados da geometria sonâmbula
pela força do caminhão
da matemática
e da álgebra
que descreve a zebra
com listas pensadas
nas feridas
ou na saúde plena
do animal a galope

A ciência
é um linguajar
para objetos
posto pelo preceito délfico
no palco onde Hamlet é interno
e dialoga dialético
em ditirambos trágicos
no coro com o doutor Fausto
de Goethe
dentro de um microcosmo
hermético
com saídas para Hermes
e outros mensageiros
pagãos e cristãos
sacristãos e sacripantas
( Os Hermes são Eros alado
Cupido alado
e a  diva da vitória
- a Vitória Alada de Samotrácia
agora na Ágora do museu do Louvre
que se postam do lado de fora
do paralelogramo
não contemplado em face
pelo senso alienígena
que temos no espelho de um mundo externo
contraposto ao cosmos abstraído
do exterior ao ser do homem
e posto no mundo natural
em sólidos geométricos
dentre os quais dançam no mundo de fora do ser do homem
captado fenomenicamente
as figuras sólidas perfeitas de Platão
os poliedros convexos
quase ideias plantadas em natureza
por mão platônica-divina
a divagar pervagantes )

A filosofia não é a filosofia
nem as filosofias
ou ciência com perspectiva filosofante
tipo a economia política de Marx
mas o filósofo solitário
o solilóquio do eremita
andarilho acompanhado de sua sombra
mendigo de São Francisco de Assis
a se despojar de tudo
toda veste
e toda nudez
por amor ou "pathos"
ao conhecimento e à sabedoria
a tudo o que há no cosmos
e fora do universo
interno e externo

O filósofo é o poeta
e o monge
em busca do seu tesouro de amor
sua paixão por uma mulher
e por todos os caminhos
abertos ou fechados aos pés
e aos sapatos
com "pathos"
pato selvagem
palmípedes na lagoa
que não magoa
a saracura pressurosa
e desconfiada
sempre atenta
ao menor sussurro na brisa
que escreve seus geóglifos
em ondas senoidais
- desenhos de uma geometria analítica
ouvidas nos ouvidos
no bater do martelo
na biga da bigorna
que adorna
a codorna
- a cordoniz ( espécie "Coturnix coturnix" )
que se perdeu na perdiz ( "Perdix perdix" )
mas não diz
do perdigão  ( espécie "Rhynchotus  rufescens" )
ou ihambupé

A ciência é instituição
- e tudo o que é instituído
é ficção do direito
ficção cientifica
( A ciência sempre é ficção
enquanto a filosofia
é a realidade com o bordão e o surrão
o alforge e o jumento a se montar
para se tentar fugir à perseguição encarniçada
do cavalo baio
montado pelo cavaleiro amarelo do apocalipse
a ocasionar ruínas
por onde passa
em peste negra
A ciência é este cavaleiro fictício

Por outro lado

a filosofia é paixão vital
- é a vida mesma frente ao caminho
que leva ao Gólgota
porque num dia raiado-irisado no negrume do betume
aos 96 anos de uma vida
regada-regalada à cerveja amarela
na cor-amor da flor cavada na cor  amarela
de alelos genes
em adorno nos cabelos de Rapunzel
e da boneca do milho
ou da noite da mulher de Joan Miró
penteada na Cabeleira da Berenice
- venha a mim em um cesto de vime
de presente de grego
de própria autoria e punho
uma mamba negra
que me ponha os olhos de volta
nas trevas não-genéticas
sem reengenharia cromossômica...
dentre os fios dos cabelos nigérrimos
da mulher que amo
no fundo da alma negra da noite
pintada no surrealismo
de um catalão singelo
- da simplicidade e candura de um menino
Simples como as pombas em voo
e prudente como a serpente, a víbora... :
a mamba negra!
de boca aberta
pronta para inocular a peçonha hemotóxica
- Neurotóxico
Ou misto o veneno?!

Ai! noite negra e morta

na hora morta
de Joan Miró! :
- que será minha um dia
 ou noite sem agonia enfim
no xadrez e na paixão
de seus cabelos
em coerência com o piche
o bitume
o negror da paixão luzidia
noite e dia
na noiva que recebeu a picadura
terminal da mamba negra
egressa do meu cesto
furtado á Cleópatra
a rainha suicida do Egito
- a padroeira santa da seita dos suicidas macróbios
que chegaram aos 96 anos de vida
perfeitos fora do leito
e quedos por fim
no leito de morte
do rio de Heráclito de Éfeso
que só passa uma vez
somente banha sonolentamente o homem
uma única vez...:
O rio heraclítico!  )

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