quinta-feira, 3 de maio de 2012

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A cultura é o conteúdo da linguagem, sua forma; ou seja, a cultura é uma linguagem, em última instância. A coleção de gestos, valores ( axiologia), vestimentas, costumes, são conteúdos ou objetos da cultura, seus artefatos manufaturados ou industrializados, enquanto o direito, a ciência ou o mito, que é a ciência e religião de determinadas culturas, é uma mera ficção de interlúdio para piano e orquestra á moda de Tchaikovsky.
A cultura é a grande ficção do homem que a antepõe e sobrepõe, sobrelevando-a à natureza, a quais fica em segundo plano, num plano piloto, mas não geométrico. Como vêem  as formas naturais as culturas  sem um Euclides? Ou cada uma tem sua geometria “euclidiana”, sem Euclides grego ou Descartes.
Mergulhados como peixes que somos no oceano ou na atmosfera da cultura que nos dá a respiração intelectual e sentimental ( o “pathos” e o “nous” ) não existimos fora deste meio ambiente nem enquanto indivíduos ou entes coletivos, pois o que somos é, com a cultura, entes coletivos. A individualidade é um rasgo mínimo.
Sem embargo, a cultura é apenas uma das inúmeras roupas do ser humano enquanto linguagem : é a vestimenta do ser humano grudada á pele, aderente, mas nas formas que assumem as várias linguagens que comunicam aos seres humajos em comunidade o universo interno e externo do ser que constroem perpetualmente no lugar onde brota o tempo e suas ervas.
No âmbito apertado dessas linguagens o ser humano forja uma liberdade ou a própria liberdade, outra ficção humana, quiçá a mais grata e venturosa. Como o direito, a poesia, a liberdade e o livre-arbítrio é  uma ficção, um pedaço do onírico.
A cultura é perenemente devorada pela natureza, pois esta última é real, enquanto a cultura não passa de um vasto conjunto de linguagens, considerando a técnica como linguagem aplicada aos conteúdos naturais.
A mesma ocorrência pode ser registrada no direito e nas demais linguagens que a ciência assume : a realidade natural sempre solapa a realidade imaginada ou a “realidade” fictícia e enquanto cultura ou conjunto de linguagens equacionais ou nominativas. As linguagens se equacionam para formar o feixe de relações após  nomearam os entes e, por fim, ou em meio ao processo, se desenharem e escreverem-se em conceitos abstratos o concretos ou para darem em concreções ou abstrações, se não ambos.
Assim, dessarte, o direito é sempre devorado pela política, porquanto a realidade é viva e mutante, mutável, enquanto a idealidade , alfange com o qual defendemos o cavaleiro andante assassino medieval dentro de nosso sonho aldeão, não passa de inexientência, algo nominal-equacional ( nominativa-equacionativa_ , que somente se torna real nos artefatos culturas via linguagem da técnica ou o fazer sobre a substância do universo em coisas.
Idéias não existem, nem tampouco podem estar na realidade, mas tão somente na realização, que é o meio ou via em que a idéia entra no mundo pela mão do homem manipulando a linguagem técnica mental e manual : a realização é algo mente-mão : a mente elabora a linguagem e a mão passa essa linguagem pelas coisas transmutadas, destarte, em objetos, artefatos,  ou realizações mente-mão do ser humano, o realizador de novos mundos, nova América, continente incontido no espírito humano.
( O ser humano porfia contra o bicho
Com alfange
 adaga
 cimitarra ...
O arco e o arqueiro certeiro
Incerto
De um certo
Também incerto
Robin Hood
Da floresta
Meramente mais uma jusrisdição do rei
De um João sem Terra
Ou outro Ricardo Coração de Leão
Sem cor no coração
Agora
Fora da hora
Da vida
Que é sempre bebida
Em versos de lira
Baladas
De Byron
Porém o bicho é e está em natureza
acima e embaixo
Do seu corpo baixista
Autista
Maneirista
Isca para germes
Vermes repelentes
Gusanos
Para os quais cria o remédio
Outro alfange
Para outro alcance
O qual  tem e traz a dose de morte e vida
Ou não funciona mais
Se o corpo foi tomado
Pelas legiões da natureza
Em batalha romana
Grega ou bárbara
Que leva ao Tártaro
Terra final
- terra afinal!
À vista ou à prazo
Desde a quilha
Uma milha náutica
Dos miasmas
( minh’asma
- minh’alma!,
inexistente )
O ser humano luta
Se defende
Com a linguagem
No entanto a natureza
Usa a realidade
E tudo cria
E destrói
Inexoravelemente
Implacável
Inapelavelmente
A natureza nua
- Deusa! :
Idem mulher
Idem ibidem fêmea :
e outrossim sim enfim
- um dos diabos!
Ou seriam os setes demônios
Exorcizados de Maria Madalena
Outros quiabos?!...
( Abelmoschus  esculentus )

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