terça-feira, 18 de setembro de 2012

LEGÍTIMO - glossário


O Brasil é um estado de fato, isto é fato, porém não um estado de direito,  com aparato legal, legítimo; isto não é, nem tampouco  pode ser, pois não tem povo ativo na cultura e qualificado pela educação para conceber e exercer o direito, nem sequer se formou aqui uma elite genuína. Somos subjugados por uma elite espúria que, de elite, só tem a pecha, graças à sua superioridade política e, concomitantemente, econômica, fundadas, ambos, no crime. De fato e de direito, não constitui-se numa escol propriamente dita, mas de uma escória de arrivistas que, num dado momento,  de jogos de dados, no Cassino  da história truncada do estado, tomou de assalto o poder e passou a comandar e a assegurar a sua hegemonia com seu inúmeros crimes.
É um estado de senhores domésticos,  o Brasil, um estado doméstico, uma empresa ou casa daqueles que dividem os três poderes da República entre seus grupos : os grupos do executivo, os agrupamentos do legislativo e , por fim, os homens agregados ao poder judiciário ou judicante,  cada um dos aparatos de poder sendo mais mais importante e útil para a  outra instância do outro poder que,  qualquer um dos três,  ou o trio (assombro!)  junto  para a população abandonada a vegetar sem a assistência de nenhum poder, senão for poder para encarcerá-los ou esquartejá-los tal qual se fez com o alferes Tiradentes, que acabou agonizante na forca, no patíbulo. O pobre paga com a vida, a tortura e a execração pública qualquer pequeno delito que cometa ou caso venha ousar a reivindicar qualquer direito político ou econômico, porquanto tais reivindicações despertam uma fúria desproporcional.
Sendo, como o é, este país da Vera Cruz ( de fato! : a verdadeira cruz está aqui, neste país, às espáduas de seus cidadãos em cidadania, senão a fictícia) , um estado de fato, estado doméstico,  sua política e economia..., enfim, tudo o que o estado provê, não é para o povo deste país, porém para os senhores locados e galgados aos poderes, que, por sua vez, obedecem àqueles cuja incumbência é  a de  financiar os poderes, os quais são, a saber : os grandes empresários e as Ciclópicas Corporações nativas ou alienígenas; outrossim, as Igrejas, os donos dos meios de comunicação, etc., mandantes ou mandatários de fato, que ordenam o que trazem do "Ordenamento Jurídico" e outras leis assim"afonsinas": "Ordenações Afonsinas".
Os três poderes não funcionam senão na lógica e logística doméstica, reinante na velha Casa Grande simbólica, alegórica, que nunca sai do meio do caminho ( meio do cainho tombado pelo poeta Drummond, em "Minas não há mais...") , nem tampouco de dentro do sapato que colheu uma pedra na metade do caminho ínvio, tortuoso, escuro de Dante, o cantor do inferno. Boca de fogo ou forno. Para o povo, não obstante, esses poderes não tem função alguma ( só se for função zeta!), excepto para punir com rigor e coibir os mínimos passos dos pobres eleitores,  que elegeram quem lhes toma o dinheiro e bate-lhes com as varas da Justiça. Que justiça!
Os três poderes de fato são harmônicos, de uma harmonia paradigmática,  raro observar desentendimento entre eles, pois um "lava a mão do outro" e assim fica tudo em casa, na Casa Grande, sem conflitos. Para o pobre despudorado a senzala nas favelas e o pelourinho ( hoje no corpo espinhoso da lei-ouriço ) é a lei vigente na carne viva, em chagas, após os açoites impiedosos, o exercício pleno da crueldade, que marca este estado sem direito para a maioria absoluta da população, ainda tratada  como escravos nas Casas Grandes dos Três Poderes, que podem tudo contra a população escravizada, reduzida a animais de carga.os poderes agem como se não houvessem abolida a escravidão neste país para escravos, eufemisticamente denominados de proletários e outros nomes para o lúmpen-proletariado. eufemismos que ocultam os fatos atrás do direito que não é para todos, mas para inglês ler e maravilhar-se.
No que tange aos empresários onerados com fortunas de tributos pesados, tudo não passa de um mito, que não entra em modo de  rito, senão no carnaval, mas apenas em fantasias e alegorias de Escolas de Samba, com seus enredos dóceis, inofensivos, fingindo na ginga e no canto que tudo vai bem demais neste país dos carnavais e marchinhas. Quem paga tudo é o povo, os desvalidos, os miseráveis de Vitor Hugo.
Os empresários sonegam, mormente os grandes, enquanto a lei fecha o olho e dorme o sono dos justos, pois os donos das empresas, em geral, são filhos da casa, da casa Grande, ou apaniguados, e têm informações privilegiadas, pois o estado é do pai, tios, parentes, enfim, dos amigos do peito. Por ter o bizarro  direito à sonegação,  não se preocupam com a corrupção, que até os beneficia, pois, em geral, estão no esquema dos processos licitatórios, e o dinheiro perdido com a sonegação é dinheiro do povo, porquanto sendo alguns dos principais tributos deste estado, tributos indiretos,  não oneram as  empresas, que os recolhe para repassar ao governo, mas antes disso,  quando o repasse ocorre, o que nem sempre é certo, são utilizados como investimento às empresas, pelo menos pelo tempo que estão no poder dos empresários.
Os empresários não pagam certos impostos;  logo, quem os paga é a população, que é furtada, ludibriada por brechas abertas de propósito no direito, que, num estado que não reconhece o direito a todos, mas somente a alguns, aos quais é estendido todo  direito ( um direito doméstico, concernente a alguns indivíduos, mas não extensivo ao estado, senão quando conveniente) é o povo quem se encarrega de todo o pagamento, de sustentar a sociedade, seus luxos e ociosos.
O povo, que, por sua ignorância, não podem ter dignidade e se vendem mais barato que qualquer pobre prostituta, não têm instrução suficiente para entender o processo criminoso que se monta contra eles e que eles, os homens do povo, e as mulheres, sustentam, principalmente votando nas mesmas pessoas, eleitas somente para dilapidar o patriminônio e os recurso que entram no erário e saem nas mãos dos mágicos políticos e prestidigitadores habilíssimos.
A população é educada e cresce dentro de uma cultura ( conjunto de valores e artefatos, etc.) que os faz indigentes, intelectual e fisicamente, ignorantes,  ineptos para ler a realidade e  os complôs políticos, e , destarte, são alijados de qualquer processo social ou consciente; e sendo esta população constituídas precipuamente  destas pessoas tornadas inócuas,  que formam a esmagadora maioria dos eleitores, que elegem e parecem legitimar sempre os mesmos candidatos, as mesmas atitudes criminosas dos corruptos e corruptores, quer os meios de comunicação esclareça ou não que os candidatos cometeram ilícitos. Os miseráveis  ( sem pai : sem Vitor Hugo) acham normal que os ricos candidatos fiquem ricos assaltando feito bandoleiros e piratas o erário, pois têm atavicamente o hábito de crer que a a casa, a Casa Grande , que abriga os Três poderes, pertence por direito inalienável aos eleitos, porquanto este modo de  pensar está impregnado nos costumes,  consubstanciado, arraigado, atávico ( é um atavismo avoengo! ), e é parte da integrante da cultura do miserável, que no Brasil, é o principal  eleitor destes políticos que estão aí há anos sem fim, perpétuos no poder, vitalícios.Inevitáveis.
As pessoas instruídas, na terra de Pindorama, do pau-brasil, o pau em brasa, na metáfora para o vermelho-fogo,  não elegem senão um minimo de políticos, e assim são lesadas pelo poder público, que se aproveita da empatia que um corrupto ocasiona em outro corrupto ou no corruptor : esta a relação do povo analfabeto e miserável com  maioria sempre eleita neste país de mandatos eternos, apenas trocando de governador para deputado ou senador, e outros cargos de favores ou por eleição.
De mais a mais, lamentavelmente, as pessoas que não votam nestes políticos em círculos vicioso, são a classe média que, por seu turno, não é uma classe única, mas possui variegadas segmentos ; classe média baixa, alta, média-média ( que vai de Medeia a Medusa ) e cuja maioria, em torno de 60%, (no mínimo!),  é constituída de analfabetos funcionais ou virtuais, além de muitos indivíduos serem afetados pelo atavismo recorrente, de onde emerge o pernóstico com o ranço que sempre estraga o pensamento das pessoas aqui, as quais não tem paladar ou gosto algum, são insípidos e retrógradas e tendem, invariavelmente, a atender os ditames do costumes, dos péssimos costumes que aniquilam o agrupamento social deste país de tantos tolos e inúmeros tresloucados.


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