sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

FOTOGRAFIA DA MULHER COM A BURCA NA WIKIPÉDIA DA MULHER

( A fotografia da mulher com a burca na Wikipédia da mulher que é a wikipédia mulher )

Naquele momento fixado pelo raio
pelo lampejo que saiu da máquina da poesia
presa ao relâmpago que agarrou a sombra do anjo
naquele momento de anjo
no qual minha filha foi fixada à luz
ao modo dos lepidópteros e coleópteros
que amam a interação com a luz
- Luz é o anjo polar Lúcifer
( Lúcifer é anjo polar ártico ou antártico? )

Aquele momento era tempo irradiando-se em anjo
na carne fotografada que grafou o papel
ou nem pegou grafia no papel obsoleto papel
e foi direto da luz da máquina à luz do computador
- do computador que viu seus olhos de filha
olhos parados na luz digital que os olha
com dois olhos e o olhar digital
( A fotografia é tempo
um tempo capturado à luz
- tempo capturado à luz de Lúcifer
o poeta da luz )

A fotografia do meu ato de fotógrafo
olhava para o lado esquerdo onde havia um pé de canela
que escondia na folha uma casa de marimbondo
( marimbondos são vespas pequenas e negras batendo na noite
com Asas Delta do Nilo
asa-delta tirada à letra delta grega
do fundo do triângulo cerebral de Euclides
a letra delta deita no cérebro em geometria
e na equação matemática algébrica
que canta o delta )

A máquina fotográfica da poesia fotografou depois da gare da clorofila
- após a fotografia da clorofila sob anil
a fotografia da minha filha na asa negra do anum
que a noite é anu-preto voando madrugada fora
até que venha asas ao léu no anil do céu em alva
na radiação com pruridos na barra da alva
recendendo à flor de laranjeira em sinestesia
que bate o martelo na bigorna
ossos do ofício do ferreiro Vulcano
ou do deus Mozart grafando melodias ao ritmo do piano
- Mozart industrializando melodias ao piano para a Yamaha tocar
para tocar o ritmo de produção da Yamaha ao piano motor
( Yamaha ao piano motor
- motor Otto sob anum
sub anum )

Naquela noite de relâmpagos na máquina da poesia
minha filha voltava do anjo que fora vestida para a igreja
- voltava vestida de anjo no raio que abre a memória cerebral
cuja função foi captar o ser angelical
no raio que fugiu da máquina fotográfica poética
que fixou minha filha investida em ser angélico
em anjo que tropeçou na escadaria do céu
- céus , céus! em bando de anum
anu-preto da noite irradiada por raios trêmulos de emoção
raios-fotógrafos do arcanjo nela investido
dentro da casa da noite desestrelada pelo anum
- grande e extenso anum pregado em cruz na negra regra da noite
descabelada de estrelas
sem Cabeleira de Berenice
mas com cabelos louros toucados sobre o negro cabelo
- a bela mulher que é a noite
mulher de véu
- a noite é a mulher de burca
mulher mulçumana sofrida
apedrejada nos raios emitidos pelo anjo cristão
unido em vários estados unidos em império contra o Cão Maior
que ouse raiar o alvar da alva na alba longa da manhã
depois da hora do anum e da burca

Minha filha saiu do jardim vegetal em mim
da erva que sou no meu sistema nervoso vegetativo
do vegetal que sou cultivado em jardim interno ao corpo
- o jardim da vida em mim
a árvore da vida e do conhecimento do bem e do mal
e as ervas que estão para além do conhecimento do bem e do mal
pois a árvore da vida transcende o simplório conhecimento do bem e do mal
porquanto a vida tem sabedoria filosófica de ervas-Evas
que vão além das polaridades simplistas do maniqueísmo
cujo pensamento ignora a terra e o mar oceano
que estão postados entre as polaridades do bem e do mal
polaridades que são apenas dois pólos
- o Pólo norte e o sul
ficando inexploradas e virgens as terras sem fim
e o mar oceano sem fim enfim
todas sob Lúcifer e O Cão Maior
a constelação do Cão Maior
costela de estrelas da Eva de burca no céu de anum

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